Além de Petrobras e Itaú, o Brasil conta com a Embraer, gigante global da aviação, e vê a força de players como Mercado Livre moldando a economia.
O Brasil possui empresas gigantes. Nomes como Petrobras, Itaú e Ambev são conhecidos. Elas não deixam a desejar para similares estrangeiras. Mas existe uma gigante brasileira muitas vezes esquecida: a Embraer. Reconhecida mundialmente, ela lidera na aviação. Vamos conhecer como a Embraer impulsiona o setor no Brasil.
Embraer: a gigante brasileira da aviação pouco reconhecida
No setor de aviação global, Boeing, Airbus e Bombardier são nomes familiares. Mas a Embraer, brasileira, é a terceira maior fabricante de aviões do mundo. Muitas vezes, ela é pouco valorizada pelos próprios brasileiros. A aviação é um setor caro e de alto risco. Erros podem custar vidas e reputações, como no caso do Boeing 737 Max.
A Embraer se destaca pela solidez em um mercado traiçoeiro. Seu relativo “silêncio” na mídia pode ser um bom sinal. Significa ausência de grandes incidentes negativos. Isso fala muito sobre sua segurança, competência e qualidade.
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Do 14 bis à liderança global: a trajetória da Embraer
A história da aviação brasileira começa com Santos Dumont e o 14 Bis em 1906. Ele criou a primeira aeronave mais pesada que o ar a decolar por meios próprios. O setor se consolidou com a fundação da Embraer em 1969. Originalmente uma sociedade de economia mista, hoje é uma empresa de capital aberto.
A Embraer é genuinamente brasileira: fundada, gerida e com milhares de funcionários no país. Tornou-se uma empresa transnacional, com parcerias e capital internacional. Ela é líder absoluta na fabricação de aviões de até 130 assentos, superando Boeing e Airbus nesse nicho. Cresceu superando crises e já entregou mais de 8.000 aeronaves. Um exemplo de sucesso é o Phenom 300, jato leve líder de vendas mundial por nove anos consecutivos.
Tecnologia de ponta e prova de fogo: os diferenciais da Embraer
A Embraer contribui muito para o parque tecnológico brasileiro. Um diferencial chave é o sistema de controle de voo Fly-by-Wire (FBW). Esse comando eletrônico computadorizado substitui cabos mecânicos. O FBW aumenta a automação, alivia o peso do avião e melhora a eficiência de combustível. É mais seguro e moderno que sistemas antigos. O caça AMX, desenvolvido com a Itália, foi o primeiro da Embraer a usar FBW. Hoje, a tecnologia está em aviões comerciais, executivos e militares.
A empresa também produz aviões militares para defesa e ataque. Suas aeronaves tiveram seu “batismo de fogo”. O P95 Bandeirulha foi usado pela Argentina na Guerra das Malvinas (vigilância). O Super Tucano foi usado pela Colômbia contra as FARC, na Venezuela (“Tucano Rebelde”) e no Afeganistão contra Talibã e Al-Qaeda. O AMX participou de missões na Líbia e Kosovo com a Força Aérea Italiana.
Impacto econômico e visão de futuro
Com mais de 18.000 funcionários, a Embraer fomenta a economia brasileira. Gera empregos, renda e desenvolve tecnologia. Sua sede em Gavião Peixoto (SP) abriga a maior pista de pouso das Américas (4.967m), apta até para pousos emergenciais da NASA. A empresa tem presença global, com fábricas e escritórios nos EUA (Flórida) e Portugal (Évora).
Além de aviões, a Embraer diversifica seus negócios. Possui subsidiárias como a Visona (satélites) e a Bradar (radares). Seu projeto mais recente é a Eve Urban Air Mobility, focada em eVTOLs (“carros voadores”). As primeiras entregas estão previstas para 2026. Apesar da crise de 2020 e da falha na venda para a Boeing, a Embraer projeta forte crescimento e busca autossuficiência financeira. É um dos maiores motivos de orgulho do Brasil.
Outros titãs no cenário: o alcance do Mercado Livre no Brasil
Outra empresa de grande impacto no Brasil, embora de origem argentina, é o Mercado Livre. Fundado em 1999 por Marcos Galperin, expandiu-se rapidamente para o Brasil. Sobreviveu à bolha da internet e cresceu com investimentos e aquisições. Criou ecossistemas como Mercado Pago, Envios e Shops.
Hoje, é líder do e-commerce na América Latina, atingindo 1 milhão de vendas por dia. O Mercado Pago tem mais de 38 milhões de usuários. Em 2023, planejou investir R$ 19 bilhões no Brasil. Contudo, enfrenta desafios: concorrência forte (Amazon, Shopee), reclamações sobre taxas, questões de fraude e segurança na plataforma, e o debate sobre taxação de importados. Apesar dos problemas, seu crescimento e receita são recordes, mostrando sua força no mercado brasileiro.
Esperemos que o governo, não vire o olhar para o lado da EMBRAER….