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Em uma iniciativa histórica, o Governo Federal e setor privado anunciam investimento de R$ 1,6 trilhão para impulsionar a Missão 3 da Nova Indústria Brasil

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 30/10/2024 às 12:18
Investimento, Governo Federal
Foto: Reprodução

O Governo Federal e setor privado investirão R$ 1,6 trilhão em projetos ligados à Missão 3 da Nova Indústria Brasil, com foco no crescimento industrial.

Na manhã desta quarta-feira (30/10), o Palácio do Planalto recebeu importantes autoridades e empresários para o anúncio de investimentos que somam R$ 1,6 trilhão em projetos relacionados à Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB).

O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Jader Filho (Cidades). Os investimentos são projetados para serem realizados até 2029, com um enfoque claro em sustentabilidade e inovação.

Objetivos da nova indústria Brasil

Lançada em janeiro de 2023, a NIB tem como meta o desenvolvimento nacional até 2033. Esta política industrial busca melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras, integrando aspectos fundamentais como mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico.

A expectativa é que 75% do total de R$ 1,6 trilhão venha da iniciativa privada, o que demonstra um forte comprometimento do setor em colaborar com o progresso do país.

Geraldo Alckmin destacou a importância desses investimentos, afirmando que eles “demonstram o acerto do foco da Nova Indústria Brasil“, que fortalecerá a infraestrutura e a mobilidade, trazendo benefícios diretos para os cidadãos. Segundo ele, a parceria entre os setores público e privado é essencial para transformar as cidades, gerando desenvolvimento econômico e qualidade de vida.

Linhas de crédito e recursos públicos

Dentre os R$ 1,6 trilhão anunciados, R$ 113,7 bilhões são provenientes de linhas de crédito e subvenções do Plano Mais Produção (P+P). Desse total, R$ 48,6 bilhões já foram destinados a projetos desde 2023, enquanto outros R$ 65,1 bilhões estarão disponíveis até 2026.

A Caixa Econômica Federal também reforçou o financiamento, aportando R$ 63 bilhões, elevando o total de recursos para R$ 405,7 bilhões em projetos alinhados às seis missões da NIB.

Além disso, outras instituições como o BNDES, Finep, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Embrapii fazem parte do esforço conjunto. Outros R$ 492,4 bilhões da Caixa, do BNB e do BNDES estão destinados a obras do PAC e do programa Minha Casa Minha Vida, aumentando ainda mais os investimentos direcionados à NIB.

Compromissos da iniciativa privada

Durante o evento, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) anunciou investimentos de R$ 833 bilhões. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) se comprometeu a aportar outros R$ 222,5 bilhões.

A soma totaliza R$ 1,05 trilhão, que será destinado a moradia, infraestrutura e saneamento até 2029. A maior parte dos recursos se concentrará em obras de mobilidade urbana, como rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Um destaque importante foi o anúncio da WEG, que pretende iniciar um ciclo de investimentos para produzir baterias elétricas em larga escala no Brasil. A empresa brasileira destinará R$ 1,8 bilhão para este projeto, unindo-se a outras empresas que já atuam nesse segmento, como a BorgWarner, que fabrica baterias para ônibus elétricos.

Desenvolvimento sustentável e tecnológico

O secretário de Desenvolvimento Industrial do MDIC, Uallace Moreira, ressaltou que o Brasil possui grandes reservas de lítio e outros minerais utilizados na fabricação de baterias elétricas. No entanto, atualmente, a maior parte desses minérios é exportada para produção no exterior.

A meta do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) é que até 2026, pelo menos 3% dos veículos eletrificados no Brasil utilizem baterias nacionais.

A expectativa é que este percentual chegue a 33% até 2033. Além disso, o governo pretende contratar até 2026 dois milhões de moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida, com 500 mil casas equipadas com painéis solares.

Inovação e tecnologia

Durante a cerimônia, a Finep também anunciou a assinatura de contratos que somam R$ 157 milhões para o desenvolvimento de novas tecnologias. Um dos projetos mais inovadores é o “barco voador”, uma ideia da startup amazonense AeroRiver, que poderá transportar até 10 passageiros a uma velocidade de 150 km/h, mesmo em períodos de seca.

Os investimentos em tecnologia incluem soluções para aviação sustentável, como um turbogerador híbrido movido a etanol, além do desenvolvimento de caminhões elétricos autônomos. Esses projetos visam não apenas o avanço da tecnologia nacional, mas também a promoção de práticas sustentáveis e inovadoras na indústria.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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