O campo produtor de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos acaba de registrar um marco impressionante: o campo de Tupi atingiu a inédita marca de 3 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) produzidos, informou a Petrobras. Em operação há 15 anos, esta é a primeira vez que uma área produtora no Brasil alcança tal volume de extração, destacando a produtividade e o potencial da área pré-sal, um dos mais promissores do mundo.
Inaugurado em 2010, após testes bem-sucedidos que confirmaram a presença de vastos reservatórios de petróleo descobertos em 2006, o campo de Tupi se mantém como o principal campo produtor de petróleo no pré-sal brasileiro. Operado pela Petrobras, com 65% de participação, e em sociedade com Shell (25%) e Petrogal (10%), o campo utiliza sete plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading) para extração em águas profundas. A Petrobras reafirmou a importância desse marco no seu Relatório de Produção e Vendas do terceiro trimestre de 2024, ressaltando a robustez da produção na Bacia de Santos.
Além do campo produtor de petróleo no pré-sal
Apesar do foco em Tupi, a Petrobras anunciou outras iniciativas promissoras. A plataforma FPSO Maria Quitéria começou a operar recentemente no campo de Jubarte, no pré-sal da Bacia de Campos, e outras plataformas devem entrar em operação em breve. Entre elas estão a FPSO Marechal Duque de Caxias, destinada ao campo de Mero, e a FPSO Almirante Tamandaré, que será a primeira a operar no campo de Búzios, ambos na Bacia de Santos.
A produção total de petróleo e gás da estatal no terceiro trimestre foi de 2,69 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um leve recuo em relação ao trimestre anterior, que fechou em 2,70 milhões de boed, mas menor que o mesmo período de 2023, quando registrou 2,88 milhões de boed. Essa pequena variação, segundo a Petrobras, é parte de uma estratégia de eficiência e planejamento, com foco em manter a integridade operacional e a sustentabilidade.
- Petrobras enfrenta novo cenário com queda de 8,2% na produção de petróleo no 3º trimestre de 2024: A estatal está pronta para superar os desafios e impulsionar o crescimento?
- Solstad fecha contratos milionários no Brasil: como as parcerias com Petrobras e Enauta em 2024 prometem transformar o setor offshore?
- Preço do petróleo Brent despenca 6% após ataque de Israel ao Irã e alerta mercado global – haverão impactos para o Brasil?
- Liberação judicial abre as portas para a Saipem no Brasil e aquece o setor de petróleo e infraestrutura!
Crescimento no refino e iniciativas de descarbonização
A Petrobras também destaca o avanço na área de refino de petróleo, registrando em setembro um uso de 97% da capacidade de suas refinarias, o maior índice do ano. Esse resultado reflete a eficiência e a integração das operações da Petrobras, impulsionada pelo aumento da demanda por diesel, que subiu 6% no trimestre.
Esse incremento foi influenciado pela temporada de safra e pela alta na atividade industrial. No campo dos combustíveis renováveis, a Petrobras tem avançado com o Diesel R, um diesel com conteúdo renovável que já está sendo testado pelos caminhões da Vale, numa parceria voltada à sustentabilidade, além do petróleo.
Combustíveis cada vez mais verdes
Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a estatal está comprometida com a descarbonização e a inovação em sua linha de combustíveis. “Estamos desenvolvendo combustíveis cada vez mais verdes e honrando nosso compromisso de descarbonização. A parceria com a Vale é uma das ações que fortalece nossa estratégia de oferecer produtos mais sustentáveis ao mercado”, afirmou.
Essa conquista do campo produtor de petróleo no pré-sal de Tupi solidifica a posição da Petrobras como líder em exploração de águas profundas, ressaltando a relevância do pré-sal para o setor energético e o futuro sustentável da indústria no Brasil.