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Em análise, Rystad Energy indica que empresas vão perder até US$ 3 bilhões com cancelamento de contratos de perfuração

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 13/04/2020 às 10:31
Petrobras - Constellation - perfuração
fonte: reprodução

Em análise divulgada pela Rystad Energy indica o cenário nebuloso que as empresas de perfuração terão de enfrentar neste ano de 2020 e possivelmente 2021. Rystad estima que essas elas terão até 10% de seus volumes de contratos cancelados em 2020 e 2021, representando perda combinada de cerca de US$ 3 bilhões na receita.

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Anteriormente a crise, ou seja, algumas semanas atrás, o total dos valores estimados dos contratos de perfuração era de US$ 30 bilhões, US$ 20 bi para 2020 e o restante para 2021. Até agora, os contratos cancelados já somam cerca de US$ 400 milhões.

A expectativa é de que os números de cancelamento de contratos serão ainda maiores à medida que as petroleiras continuarem cortando orçamentos de investimentos e atrasando projetos.

De acordo com o diretor de serviços de mercado de plataformas offshore da Rystad Energy, Oddmund Føre, “Mais de US$ 22 bilhões em valor de contratos foram varridos como resultado de cancelamentos entre 2014 e 2017. Agora, no início de uma nova desaceleração, um mercado que estava apenas começando a retornar a níveis saudáveis de atividade de contratação e taxas diárias, viu suas esperanças esmagadas”.

Em análise, a consultoria prevê uma maior dificuldade por parte das perfuradoras ante a crise de 2015. Tais empresas e também as que fornecem embarcações offshore não poderão pagar sua dívida total pendente de 2020 com base no fluxo de caixa das atividades operacionais (CFO), a menos que realizem cortes de CAPEX. Caso contrário, somente o mercado de capitais aliviará, partindo para um refinanciamento.

A consultoria lembra que na crise de 2015, muitas empresas cancelaram os contratos de sondas e posteriormente recontratou as unidades por taxas mais baixas. Diferente do que se vê agora, que são as prorrogações. Rystad estima que o mesmo não deve ocorrer de novo (taxas de aluguel das sondas subiram nos últimos meses) e que a economia para elas seria pequena caso cancelassem e recontratassem a unidade.

“Quaisquer chances de retornar à atividade anterior e aos níveis de preços foram atormentadas pelos efeitos duplos da pandemia e da disputa da OPEP +. Esperamos que as taxas de dia [pelo aluguel das sondas de perfuração] sejam reduzidas para níveis de OPEX mais uma vez, pois o setor agora tenta continuar cortando custos e melhorando seu desempenho em um ambiente desafiador”, finaliza Føre.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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