Em análise divulgada pela Rystad Energy indica o cenário nebuloso que as empresas de perfuração terão de enfrentar neste ano de 2020 e possivelmente 2021. Rystad estima que essas elas terão até 10% de seus volumes de contratos cancelados em 2020 e 2021, representando perda combinada de cerca de US$ 3 bilhões na receita.
Veja também:
- Usina de Cana-de-açúcar no Estado de São Paulo está com vagas para eletricista, mecânico, estagiário, auxiliar e muito mais, neste dia 13
- Indústria de grande porte da Bahia abre oportunidade de emprego para profissionais técnicos na função de mecânico
- Estaleiro na Amazônia economiza R$ 302.400/ano de combustível para cada empurrador com tecnologia da Elipse Software
Anteriormente a crise, ou seja, algumas semanas atrás, o total dos valores estimados dos contratos de perfuração era de US$ 30 bilhões, US$ 20 bi para 2020 e o restante para 2021. Até agora, os contratos cancelados já somam cerca de US$ 400 milhões.
- Mais de 50 MIL empregos! Projeto colossal de mineração terá investimento de R$ 5 BILHÕES e promete mudar de vez região brasileira com direito a até ferrovia nova
- Internet de Elon Musk (Starlink) chega ao Brasil com desconto de MAIS DE 50% visando acabar com a concorrência e inovar na conectividade brasileira, chegando em QUALQUER parte do país
- Crise sem fim! Volkswagen enfrenta demissões em massa e crise tecnológica: será o próximo caso Kodak e Nokia?
- Umas das maiores BR do Brasil será transformada! Rodovia terá duplicação de 221km e R$ 7 bi em investimentos, podendo gerar até 100 MIL empregos
A expectativa é de que os números de cancelamento de contratos serão ainda maiores à medida que as petroleiras continuarem cortando orçamentos de investimentos e atrasando projetos.
De acordo com o diretor de serviços de mercado de plataformas offshore da Rystad Energy, Oddmund Føre, “Mais de US$ 22 bilhões em valor de contratos foram varridos como resultado de cancelamentos entre 2014 e 2017. Agora, no início de uma nova desaceleração, um mercado que estava apenas começando a retornar a níveis saudáveis de atividade de contratação e taxas diárias, viu suas esperanças esmagadas”.
Em análise, a consultoria prevê uma maior dificuldade por parte das perfuradoras ante a crise de 2015. Tais empresas e também as que fornecem embarcações offshore não poderão pagar sua dívida total pendente de 2020 com base no fluxo de caixa das atividades operacionais (CFO), a menos que realizem cortes de CAPEX. Caso contrário, somente o mercado de capitais aliviará, partindo para um refinanciamento.
A consultoria lembra que na crise de 2015, muitas empresas cancelaram os contratos de sondas e posteriormente recontratou as unidades por taxas mais baixas. Diferente do que se vê agora, que são as prorrogações. Rystad estima que o mesmo não deve ocorrer de novo (taxas de aluguel das sondas subiram nos últimos meses) e que a economia para elas seria pequena caso cancelassem e recontratassem a unidade.
“Quaisquer chances de retornar à atividade anterior e aos níveis de preços foram atormentadas pelos efeitos duplos da pandemia e da disputa da OPEP +. Esperamos que as taxas de dia [pelo aluguel das sondas de perfuração] sejam reduzidas para níveis de OPEX mais uma vez, pois o setor agora tenta continuar cortando custos e melhorando seu desempenho em um ambiente desafiador”, finaliza Føre.