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Electra Ventos do Sul construirá cinco parques eólicos no Rio Grande do Sul

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 21/07/2025 às 07:57
Parque eólico em área verde sob céu azul com poucas nuvens visíveis.
Linha de turbinas eólicas em operação com céu limpo e poucas nuvens, simbolizando energia renovável.
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Projeto da Electra reforça a expansão dos parques eólicos no Rio Grande do Sul com energia limpa, geração de empregos e investimento de R$ 950 milhões.

Atualmente, o Brasil vive um momento importante no desenvolvimento de energias limpas e renováveis. Por isso, com destaque para o avanço da energia eólica, o país tem ampliado sua capacidade de geração elétrica sem agredir o meio ambiente. Dentro desse cenário promissor, os parques eólicos no Rio Grande do Sul ganham força e protagonismo.

Um exemplo marcante disso é o Electra Ventos do Sul, um complexo de geração de energia que promete transformar a paisagem energética do extremo sul do Estado.

A empresa construirá o empreendimento no município de Santa Vitória do Palmar, uma região conhecida pelos ventos constantes e pela vasta extensão de terras planas, condições ideais para a instalação de turbinas eólicas.

O projeto prevê investimento de R$ 950 milhões e alcançará uma capacidade instalada de 121,8 megawatts (MW), suficiente para abastecer milhares de residências com energia limpa.

Além disso, o complexo contará com cinco parques eólicos distintos, nomeados de Electra Ventos do Sul I, II, III, IV e V. A empresa distribuirá 20 aerogeradores de última geração em uma área de 2,2 mil hectares.

Como resultado, toda a energia gerada integrará o Sistema Interligado Nacional (SIN), o que permitirá levar os benefícios da geração renovável a consumidores de todo o país.

O cenário histórico e o papel do RS na energia eólica

Para entender melhor a importância dos parques eólicos no Rio Grande do Sul, é necessário olhar para a trajetória histórica da geração de energia no Brasil. Durante décadas, o país baseou sua matriz energética em fontes hidráulicas, aproveitando os grandes rios e quedas d’água.

Contudo, as mudanças climáticas e os períodos prolongados de seca mostraram a necessidade de diversificar as fontes de energia.

Nesse sentido, a energia eólica passou a ganhar destaque, especialmente nas regiões com ventos constantes. O Rio Grande do Sul, com sua posição geográfica estratégica e topografia favorável, tornou-se um dos polos mais promissores do país.

Desde os primeiros projetos no início dos anos 2000, o Estado ampliou sua capacidade instalada e atraiu investimentos nacionais e internacionais.

Santa Vitória do Palmar, em especial, oferece ventos regulares, rede de transmissão já instalada e vastas áreas planas com baixa densidade populacional.

Esses fatores tornaram a região ideal para projetos de grande porte, como o da Electra.

Além do mais, o governo estadual vem promovendo políticas públicas que favorecem o uso de fontes renováveis.

Dessa forma, ao facilitar licenciamentos e incentivar a inovação, o Estado fortalece seu papel na transição energética nacional.

Benefícios econômicos e ambientais do projeto

De modo geral, a construção dos cinco parques eólicos gerará um impacto direto na economia local. O Grupo Electra planeja criar empregos diretos e indiretos durante as obras e também na fase de operação.

Esse movimento impulsionará o desenvolvimento regional e movimentará o comércio, os serviços e o setor de infraestrutura.

Durante o pico da construção, centenas de trabalhadores participarão das diferentes etapas, desde a terraplanagem até a montagem das turbinas.

Posteriormente, após a inauguração, as equipes técnicas e de manutenção garantirão a operação contínua do complexo, com empregos permanentes.

Além de contribuir para a economia, o projeto representa uma alternativa limpa e sustentável. Diferente das usinas que usam combustíveis fósseis, os aerogeradores não emitem gases poluentes nem produzem resíduos.

Ademais, não alteram o curso de rios nem prejudicam significativamente a fauna local.

Outro diferencial importante do Electra Ventos do Sul está na estrutura de transmissão elétrica já instalada na região.

Enquanto outros projetos enfrentam dificuldades, a Electra escolheu um local com infraestrutura consolidada.

Consequentemente, isso garante o aproveitamento total da energia gerada.

Planejamento estratégico e visão do Grupo Electra

Segundo Claudio Alves, diretor-presidente do Grupo Electra, a infraestrutura pronta foi decisiva para a escolha de Santa Vitória do Palmar.

Ele afirma que o sistema existente permite que a energia chegue ao SIN sem enfrentar os entraves comuns a outros empreendimentos.

O Grupo Electra, com sede em Curitiba (PR) e filial em São Paulo (SP), atua há 23 anos no setor elétrico.

Ao longo desse tempo, a empresa acumulou 968,5 MW em projetos de geração de energia, sendo 327,5 MW em operação e 641 MW em desenvolvimento.

Nos últimos anos, o grupo intensificou seus investimentos em fontes renováveis, com foco em energia eólica e solar.

Para isso, a estratégia inclui aquisições bem planejadas e novos empreendimentos, sempre com atenção à viabilidade técnica e ao respeito ambiental. O Electra Ventos do Sul fortalece a presença da empresa entre os principais players do setor.

Além disso, o projeto também incorpora tecnologias de monitoramento remoto.

Com sistemas digitais avançados, a Electra acompanha em tempo real a produção de energia, as condições climáticas e o desempenho dos equipamentos.

Com isso, ela otimiza a operação e reduz custos.

O futuro da energia eólica no Brasil

À medida que o setor cresce, o país deve anunciar novos empreendimentos semelhantes, impulsionados pela crescente busca por fontes limpas.

Empresas de diversos setores procuram reduzir suas emissões de carbono e alinhar suas operações com metas sustentáveis.

O fortalecimento dos parques eólicos no Rio Grande do Sul simboliza uma transformação na forma como o Brasil produz sua energia.

Antes dependente das hidrelétricas, o país agora caminha para uma matriz mais diversificada, com forte presença de vento e sol.

A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) destaca o Brasil entre os dez países com maior capacidade instalada no mundo.

Nesse panorama, o Rio Grande do Sul ocupa posição de destaque, ao lado de estados como Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará.

Vento a favor de um futuro sustentável

A energia dos ventos, além de renovável, oferece uma das menores pegadas ambientais do setor elétrico.

Ou seja, os aerogeradores não poluem, não geram resíduos perigosos e não exigem o uso intensivo de água, como outras formas de geração.

O Electra Ventos do Sul representa mais do que uma obra de engenharia.

Na verdade, o projeto marca um novo capítulo para o Estado e para o Brasil, mostrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental.

Assim, a aposta em fontes limpas revela um caminho promissor para garantir energia segura, acessível e sustentável.

Portanto, ao unir tecnologia, visão estratégica e compromisso ambiental, o Grupo Electra se posiciona na vanguarda da transição energética.

Os parques eólicos no Rio Grande do Sul continuam a soprar ventos de mudança — e o Electra está entre os líderes desse movimento que promete transformar o futuro do setor elétrico nacional.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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