A ascensão da gestão energética no Brasil
No panorama econômico atual do Brasil, a gestão de eficiência energética tornou-se um desafio estratégico crucial em diversos setores, incluindo o industrial. Conforme apontado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), as indústrias podem alocar mais de 40% de seus custos operacionais somente para energia elétrica.
Pequenas empresas, segundo dados do SEBRAE, também enfrentam desafios semelhantes, despendendo até 20% de seus custos totais com energia. Esse cenário se estende a outros segmentos como varejo, educação, saúde, call centers e data centers, onde a eletricidade configura uma parte substancial dos gastos operacionais.
Importância vital da gestão energética
Com os custos energéticos sendo significativos e sujeitos a variações regulatórias, a gestão de eficiência energética emergiu como uma tendência essencial para os departamentos financeiros das empresas. A meta é diminuir despesas sem afetar a produtividade.
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Essa gestão envolve um controle orçamentário minucioso, abrangendo componentes como demanda, consumo, impostos, entre outros, proporcionando um entendimento detalhado de cada elemento e um controle eficaz dos gastos.
Caso a gestão não seja efetiva, as empresas podem acabar pagando mais do que o necessário. Uma gestão adequada permite análises detalhadas das faturas, trazendo insights valiosos para o planejamento financeiro e previsões mais acuradas.
O impacto do mercado livre de energia
O Mercado Livre de Energia (ACL – Ambiente de Contratação Livre) desempenha um papel crucial na redução de despesas com eletricidade para grandes indústrias, que frequentemente consomem energia equivalente a uma cidade inteira.
Diferente do mercado regulado (ACR), onde a energia é adquirida por meio de distribuidoras, no ACL, a compra é feita diretamente com as comercializadoras. Esta modalidade oferece maior transparência nos custos, um fator atraente para muitas empresas. Atualmente, cerca de 33 mil unidades consumidoras fazem parte do ACL, com uma projeção de adicionar quase 170 mil novas unidades a partir de janeiro de 2024.
Tecnologia como aliada na gestão energética
A tecnologia é uma ferramenta fundamental na adaptação às tendências do mercado energético. Ela pode automatizar a coleta de faturas e a captura de dados, formando um banco robusto de informações.
Isso possibilita a aplicação de técnicas avançadas de inteligência de custos para auditar faturas, identificar erros e oferecer insights sobre otimização de custos e consumo. Além disso, a tecnologia auxilia no estudo sobre a migração para o Mercado Livre de Energia, balanceando os benefícios e desafios dessa transição.
As soluções tecnológicas permitem um controle mais eficiente sobre a migração, pagamentos, consumo e organização da compra e venda de excedentes energéticos.
A tecnologia também otimiza o trabalho das equipes de controle de gastos, proporcionando uma visão mais ampla sobre as tendências e os fatores externos que influenciam o desempenho das empresas. Uma gestão de eficiência energética bem-sucedida exige um entendimento profundo do setor e das condições climáticas, algo que a tecnologia facilita significativamente.
Portanto, fica claro que a gestão energética pode tanto impulsionar o crescimento quanto comprometer o desempenho das empresas, caso não seja executada de maneira eficaz. Investir em soluções que agreguem valor e promovam uma gestão eficiente é uma tendência crucial para as empresas em 2024, visando assegurar saúde financeira, fortalecer a eficiência operacional e estabelecer uma gestão de energia estratégica voltada para o futuro.
Fonte: Marcelo Almeida.