Alerta histórico expõe como o desequilíbrio fiscal, e não o Banco Central, é o verdadeiro vilão por trás dos juros que sufocam empresas no Brasil
O economista Paulo Guedes fez um alerta contundente em 2025: os juros elevados que destroem empresas no Brasil não têm origem no Banco Central, mas no gasto público descontrolado do governo federal. Segundo ele, a autoridade monetária apenas reage a um cenário fiscal desequilibrado, funcionando como “um espelho”. Se o governo gasta demais, os juros sobem; se há disciplina fiscal, eles caem naturalmente.
Essa denúncia, citada por Paulo Guedes, coloca o foco em um problema histórico: o Estado brasileiro gasta mais do que arrecada, transfere a conta para a sociedade e estrangula o setor produtivo. Para o economista, essa engrenagem é a responsável por impedir o crescimento sustentável e sufocar pequenas, médias e grandes empresas no Brasil.
Quem é o economista e por que ele denuncia?
O especialista relembrou sua trajetória para justificar a análise.
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Ainda jovem, durante os anos 1980, testemunhou a hiperinflação que corroía a poupança dos brasileiros, com índices de até 5.000% ao ano.
Ele recorda que planos econômicos como Cruzado e Collor falharam porque atacaram apenas sintomas, sem resolver a raiz fiscal.
Com o Plano Real, em 1994, houve estabilização monetária, mas o país se tornou dependente de juros altos para conter o descontrole de gastos.
O resultado foi um crescimento sempre limitado e empresas no Brasil frequentemente sufocadas pelo crédito caro.
Quanto os juros pesam sobre empresas no Brasil?
Paulo Guedes destacou que o custo de financiamento para empresários brasileiros está entre os mais altos do mundo.
Isso inviabiliza investimentos, desestimula inovação e cria barreiras até para negócios rentáveis.
Segundo ele, não é o Banco Central quem “mata” empresas no Brasil, mas o governo, ao insistir em gastar acima do que pode.
Ele argumenta que, se o Estado equilibrasse suas contas, o país teria juros naturalmente mais baixos, o que permitiria expansão de negócios, geração de empregos e atração de capital estrangeiro.
Onde o Brasil erra na comparação internacional?
Na visão do economista, o modelo brasileiro concentra poder e recursos em Brasília desde o período colonial.
Ele compara com os Estados Unidos, que nasceram de baixo para cima, das 13 colônias contra impostos abusivos da Inglaterra.
No Brasil, ao contrário, a carga tributária atinge 34% a 35% do PIB, contra média de 25% em países emergentes, mas o retorno em serviços públicos é precário.
O contraste aparece nos dados: emergências médicas e policiais atendidas em três minutos nos EUA contra dias de espera no Brasil; 60 a 70 mil homicídios anuais no país, um “absurdo total” que revela a incapacidade do Estado de proteger vidas.
Por que a crítica é histórica?
O discurso de Guedes se ancora em décadas de experiência no sistema financeiro.
Ele acompanhou a evolução do mercado, que antes apenas tentava sobreviver à inflação e depois passou a financiar o crescimento de companhias como Natura e Localiza.
Destacou também a importância de práticas modernas como auditorias independentes e governança corporativa, fundamentais para preparar empresas no Brasil para competir globalmente.
Para ele, essa transformação mostra que o setor privado tem capacidade de se reinventar, mas depende de um Estado mais eficiente, que não consuma recursos em áreas improdutivas e atue onde é indispensável: segurança, justiça e proteção da propriedade.
Segundo o economista, ainda vale a pena empreender, mas o ambiente de negócios brasileiro é hostil por natureza.
Juros altos, impostos pesados e burocracia criam barreiras constantes.
A saída está em reformas que equilibrem as contas públicas, reduzam o tamanho do Estado em áreas deficitárias e fortaleçam sua presença em setores essenciais.
Somente com essa mudança estrutural será possível construir um ambiente saudável para empreendedores e empresas no Brasil, capaz de sustentar crescimento econômico e qualidade de vida para a população.
E você, acredita que os juros altos realmente são consequência do gasto público e não do Banco Central? Acha que esse cenário pode mudar nos próximos anos? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.