Economia: Em 2022 a arrecadação federal tem alta real de 8,18% e atinge o recorde de R $2,218 trilhões 

Alguns dados divulgados nesta terça-feira, 24 de janeiro, pela Receita Federal mostram que a arrecadação do ano teve um crescimento real de 8,18% comparando com o resultado do ano de 2021. Com isso, a arrecadação do governo federal fechou o ano de 2022 com o maior patamar já registrado pela Receita.

Conforme a série histórica iniciada a 27 anos atrás, em desempenho que refletiu a continuidade da retomada econômica logo após a crise que foi provocada pela pandemia da Covid19. Contudo, também houve impulso da alta nos preços e na inflação. A princípio, os dados que foram divulgados comparam o resultado do ano de 2021 e atualmente atingem mais de 2,218 trilhões de reais, é um recorde desde 1995.

A alta real em dezembro foi de 2,47% na comparação com o mesmo mês de dezembro do ano de 2021 a 210,2 bilhões de reais. Esse nível é o maior registrado em mês pela Receita Federal. O desempenho dessa arrecadação durante o ano, pode refletir a continuidade da retomada de atividades, logo após a crise. Desse modo, diversos tributos são atrelados em relação ao valor do produto vendido, a inflação fora do controle também pode impulsionar os ganhos do governo. 

Todas as receitas administradas pela Receita Federal cresceram 6,6% em termos reais no ano de 2022, com mais de 2,086 trilhões de reais. De tal forma, enquanto aquelas que foram administradas por outros órgãos, com peso grande do recolhimento em relação a exploração de petróleo subiram aproximadamente 40% chegou a 132,5 bilhões de reais. 2022 foi marcado por uma alta cotação internacional, principalmente pelo petróleo e o impacto da guerra na Ucrânia. 

Contudo, a arrecadação com royalties no ano de 2022 teve alta real de 21% com um incremento de 17,3 bilhões de reais. O recorde de divisão econômica, as maiores contribuições nominais, vieram de entidades financeiras como, combustível, atividades auxiliares financeiras, extração de petróleo e gás. No ano de 2021 o imposto de renda foi o carro chefe da arrecadação, segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários Claudemir Malaquias.

A alta real foi registrada em IR e Contribuição Social sobre o lucro líquido de 17,7% no ano de 2022 com ganho de 73,8 bilhões de reais. Além disso, houve um crescimento real de 67,2%, mais de 39 bilhões de reais em arrecadação do imposto de renda que é retido na fonte de ganhos de capital. Com isso, teve o melhor desempenho dos títulos de renda fixa e alta nas taxas de juros do país.