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Duas das maiores potências mundiais pretendem firmar parceria para a criação de gasodutos a 3 mil km de distância!

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 18/10/2022 às 11:10
Rússia, China, Gasoduto
Foto: reprodução pixabay.com

Possível união entre Rússia e China, com a criação de gasodutos,  vem do desejo dos chineses de diversificarem suas origens energéticas e plano russo de substituir seu maior cliente: a Europa!

A junção de dois objetivos: o de modificar a origem energética, que é consumida por milhões de fábricas e a substituição de um cliente incômodo (Europa), está fazendo com que a Rússia e a China firmem uma parceria para a criação de novos gasodutos.

De início, a parceria entre Rússia e China poderia entender-se e tornar uma grande parceria comercial, especialmente em um momento em que ambas enfrentam uma relação difícil com o Ocidente.

De acordo com analistas, diante do acordo, quem se sairia melhor e mais beneficiada seria a Rússia, que poderia evitar as sanções internacionais impostas devido à guerra na Ucrânia e, ainda conseguiria comercializar parte da produção de gás que ela deixou de enviar à Europa, que é o seu maior cliente. Afinal, os governos europeus passaram os últimos meses tentando reduzir sua dependência energética do Kremlin. Até então, a Rússia fornece 40% do gás consumido pela União Europeia.

COMO FUNCIONA UM GASODUTO?

Consequências da possível parceria

Com a criação dos gasodutos diante da parceria entre China e Rússia, eles poderão enviar gás da Sibéria, na Rússia, até Xangai, no litoral da China, a uma distância de 3 mil km. Ele está em fase final de construção, mas já vem fornecendo combustível a diversos pontos do norte da China no trajeto.

Com isso, por mais que o gasoduto tenha começado suas operações bombeando apenas uma fração da sua capacidade, os dados mostram que a guerra tem impulsionado seu uso e a Rússia vem enviando mais gás para a China desde fevereiro, quando começou a invasão da Ucrânia.

Mais gasodutos

Moscou ainda avalia a construção de diversos gasodutos que permitam ampliar sua presença no mercado asiático, que não recebeu atenção por anos devido às enormes necessidades da Europa.

“Sabemos que o mercado chinês é o mais dinâmico do mundo e, nos próximos 20 anos, o aumento do consumo de gás na China representará 40% do aumento do consumo mundial de gás”, segundo afirmou recentemente o presidente da Gazprom, Alexey Miller.

Um dos projetos mais importantes atualmente é um segundo ramal do gasoduto Power of Siberia, que se chamará Power of Siberia 2. Este novo tubo poderá transportar para a China 50 bcm de gás natural por ano.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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