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Duas das maiores petroleiras do mundo, Exxon e Chevron discutem fusão e acendem um alerta na indústria petrolífera

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 03/02/2021 às 13:44
Chevro - Exxon - petróleo

A união de duas das maiores petroleiras do mundo, ExxonMobil e Chevron deixam o mercado do petróleo agitado, diz Wall Street Journal

De acordo com a reportagem do The Wall Street Journal no último domingo (31/01), as duas maiores petrolíferas dos Estados Unidos, a Chevron e a ExxonMobil, discutiram a possibilidade de fusão. Aas conversas aconteceram em 2020, depois que a pandemia da covid-19 impactou os preços do petróleo. FPSO Carioca afretado pela Petrobras e operado pela Modec chega esta semana no estaleiro Brasfels para integração

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Para sobreviver a crise do petróleo, principalmente após os efeitos perversos da covid-19 no setor, as maiores descendentes da Standard Oil discutem uma fusão, noticiou o Wall Street Journal.

Com a união, a nova empresa teria mais de 350 bilhões de dólares em valor de mercado, com uma produção diária de 7 milhões de barris por dia. Se concretizada, a união resultaria na segunda maior petroleira do mundo, atrás apenas da estatal saudita Saudi Aramco.

A demanda caiu drasticamente ao redor do mundo, após a crise desencadeada pela pandemia do coronavírus, impactando os preços do barril. Em meio a disputas geopolíticas, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiram acelerar a produção, fazendo com que as cotações derretessem: pela primeira vez na história, os contratos futuros do WTI operaram no terreno negativo.

Além disso, o mercado de energia renovável vêm ganhando cada vez mais competitividade frente aos combustíveis fósseis, agravando ainda mias a situação das petroleiras.

Embora uma possível fusão entre as duas gigantes americanas possa parecer uma boa saída para os envolvidos, enfrentaria, de cara, a resistência dos órgãos antitruste ao redor do mundo, inclusive nos Estados Unidos.

A ideia da fusão soa como um alerta para a indústria petrolífera global

Se os ventos sopram contrários à união entre Exxon e Chevron, a ideia do acordo soa como um alerta para a indústria petrolífera global. A recuperação da demanda não está vindo conforme o esperado, principalmente diante da segunda onda da covid-19 no mundo.

Enquanto a economia global patina, o caixa das petroleiras continua corroído. Além de tudo, as empresas procuram retomar a criação de valor aos acionistas. Há sete anos, a Exxon era a maior empresa dos Estados Unidos, com market cap de US$ 400 bilhões. No entanto, uma série de estratégias equivocadas deu espaço às empresas de tecnologia, a “nova economia”, como Apple, Google e Microsoft

Em 2020, os papéis da Exxon caíram quase 29%, enquanto as da Chevron recuaram aproximadamente 20%, mesmo com o preço do petróleo tendo apresentado forte recuperação nos últimos meses.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira de Produção pós-graduada em Engenharia Elétrica e Automação, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos, com mais de 7 mil artigos publicados. Sua expertise técnica e habilidade de comunicação a tornam uma referência respeitada em seu campo. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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