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Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 16 comentários

DREX e o FIM da sua LIBERDADE: Entenda como vai FUNCIONAR o REAL DIGITAL em 2025

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 04/01/2025 às 14:46
O Drex, moeda digital do Brasil, pode transformar o sistema financeiro, mas traz preocupações sobre controle e liberdade. (Imagem: reprodução Irmãos Dias Podcast)
O Drex, moeda digital do Brasil, pode transformar o sistema financeiro, mas traz preocupações sobre controle e liberdade. (Imagem: reprodução Irmãos Dias Podcast)

O Drex promete mudar o futuro da economia brasileira, mas será que o controle total sobre o dinheiro é o que queremos?

Poucas inovações financeiras geraram tanto debate quanto o Drex, o novo real digital que promete mudar completamente a forma como lidamos com dinheiro no Brasil.

Lançado em meio a uma era de transformações digitais aceleradas, o Drex surge em um momento de consolidação de sistemas financeiros como o Pix e criptomoedas, que já desafiaram modelos tradicionais de transação.

Essas inovações têm gerado intensos debates sobre privacidade, controle estatal e acessibilidade, levantando questões que o Drex agora amplifica de forma inédita.

Enquanto muitos enxergam nessa iniciativa uma revolução positiva, outros alertam para os riscos de um sistema que pode comprometer a privacidade e a autonomia financeira dos cidadãos.

O que é o Drex?

De acordo com Bruno Perini, durante sua participação no podcast Irmãos Dias, o Drex é a versão digital do real, desenvolvida pelo Banco Central do Brasil.

O objetivo é implementar uma moeda 100% digital, substituindo gradualmente o papel-moeda.

“Nas grandes cidades, já vivemos algo parecido, porque o uso de dinheiro físico é mínimo. Em locais menores, porém, o cenário ainda é diferente”, explicou Perini.

A moeda digital traria vantagens logísticas, como a redução dos custos com transporte de cédulas e o aumento da segurança nas transações.

Entretanto, o impacto da transição para um país de dimensões continentais, onde o acesso à internet e a smartphones ainda é limitado, é motivo de preocupação.

Benefícios e desafios do Drex

Perini destacou que o Drex pode simplificar transações e democratizar o acesso ao sistema financeiro. Por outro lado, ele também alertou para os riscos associados ao controle total do governo sobre a moeda.

“Você pode acabar em um cenário distópico, onde o governo monitora todos os gastos e impõe restrições com base em critérios que nem sempre serão justos”, afirmou o especialista.

Entre as preocupações está a possibilidade de o governo programar a moeda, estabelecendo prazos de validade para o uso do dinheiro ou limitando a aplicação de recursos para fins específicos.

Segundo Perini, “isso poderia ter um lado positivo, como evitar que o dinheiro de programas sociais seja gasto em apostas. Mas também pode levar a abusos, como limitar o consumo de determinados produtos”.

Comparando com o Pix

O Drex vem sendo comparado ao Pix, que revolucionou os pagamentos instantâneos no Brasil.

Perini lembrou que, antes do lançamento do Pix, muitos acreditavam que o sistema comprometeria o sigilo financeiro dos usuários.

No entanto, sua adoçção foi massiva e trouxe benefícios inegáveis. “Até quem pede esmola usa Pix hoje em dia. O impacto foi incrível”, ressaltou.

Apesar disso, o Drex levanta questões mais profundas, especialmente sobre o controle estatal e a falta de anonimato em transações financeiras.

Enquanto o Pix é um sistema de transferências, o Drex representaria a própria moeda do país, ampliando as possibilidades de monitoramento governamental.

Um futuro incerto

Durante o podcast, Perini também destacou que o Brasil é um dos países pioneiros nesse tipo de iniciativa.

Em outros lugares, como os Estados Unidos, a implementação de uma moeda digital enfrenta resistências.

“Por lá, uma das promessas de Donald Trump foi impedir o avanço de um dólar digital”, observou o especialista.

A previsão é que o Drex entre em funcionamento em 2026, mas a velocidade do projeto surpreende. Para Perini, o ritmo acelerado pode ser preocupante.

“Estamos liderando algo que outros países não têm tanta pressa em adotar. Isso deve nos fazer refletir”, concluiu.

O Drex pode trazer comodidade e modernização, mas também levanta uma série de questões éticas e políticas.

O quanto estamos dispostos a abrir mão de nossa privacidade em nome da eficiência? O futuro financeiro do Brasil está sendo moldado, e é essencial que a população participe desse debate.

Você acredita que o Drex será uma revolução ou um risco para nossa liberdade financeira? Comente abaixo e participe dessa discussão!

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José
José
04/01/2025 15:13

É impressionante os medos desses Neoliberais de terem seus negócios escusos controlados e monitorados.

Se vai agir como moeda, não se pode impedir no que vc gasta. O mecanismo que permite que vc não jogue em bets é primário, basta vc transferir seu dinheiro pra outro lugarne daí já era a desculpa e a trava.

Isso, atrelado com a RF do Brasil, mas vai ter muito sonegador se lascando, e eu acho é pouco!! Que o DREX funcione bem assim como o Pix funciona. Se vc não faz nada de errado, não tem pq ter medo.

Mauro Rocha
Mauro Rocha
Em resposta a  José
06/01/2025 09:18

Aqui na região, tem muitas empresas com práticas abusivas de horas extras. Eles pagam em dinheiro. fora do contra-cheque. Aí a gente não têm direito ao percentual no décimo terceiro, férias e no fundo de garantia. Com o drex isso acabaria. Só me preocupo com o fato que muita gente ainda não tem acesso à internet. Acho que é isso que precisa ser focado. No mínimo, fazer um acordo com as operadoras de celular pra que aplicativos de bancos possam acessar a rede independente do usuário ter ou não acesso.

Altair
Altair(@holdeferterra-com-br)
Member
06/01/2025 09:56

Não é questão de partido, ou se você faz algo errado. A questão é CONTROLE. Você abre mão da sua privacidade para um Estado, que amanhã pode estar na mão de um tirano ou de um funcionário público que queira lhe prejudicar. Essa moeda puramente digital deve ser combatida. Já é proibida nos EUA e outros países já têm mobilização neste sentido.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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