BioGLP é obtido a partir de fonte renovável, não há risco de agressão ao meio ambiente nem de esgotamento produtivo. Desde 2017, o continente europeu e os Estados Unidos já comercializam pequenas quantidades do produto.
Universidade de São Paulo (USP) assinou um acordo de cooperação com a Copa Energia. A Universidade vai auxiliar o grupo, dono das marcas Copagaz e Liquigás, a desenvolver nos próximos quatro anos um projeto BioGLP. A líder em fornecimento de gás no Brasil conta também com outro projeto com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
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A partir do investimento de cerca de R$ 600 mil da Copa Energia, a parceria com a Universidade de São Paulo (USP) vai formar mão de obra no setor para um pós-graduando, um mestrando e um doutorando, além do coordenador e vice-coordenador de pesquisa.
“Acreditamos na academia como uma importante parceira para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias que ajudem a encontrar a melhor solução de extração do BioGLP, um tema ainda incipiente no mundo e muito necessário para a transição energética mais limpa se comparada a outras fontes, como o carvão”, diz Pedro Turqueto, vice-presidente de estratégia e mercado da Copa Energia.
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BioGLP desenvolvido pela USP emite até 80% menos carbono na combustão do que o de origem fóssil
O BioGLP é um combustível gasoso de origem renovável obtido a partir do tratamento do lixo, do bagaço da cana-de-açúcar e do óleo vegetal, por exemplo. O gás renovável tem o mesmo desempenho que o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) comercializado atualmente, conhecido popularmente como gás de cozinha.
Em termos químicos, o BioGLP exerce a mesma função, se comparado ao tradicional. O diferencial é a sustentabilidade, uma vez que ele emite até 80% menos carbono na combustão do que o de origem fóssil. Por ser obtido a partir de fonte renovável, não há risco de agressão ao meio ambiente nem de esgotamento produtivo. Desde 2017, o continente europeu e os Estados Unidos já comercializam pequenas quantidades do produto.
“Começamos a conversa com a USP no início de 2021, agora entendemos o processo de documentação e esperamos, em breve, fechar mais parcerias com universidades numa velocidade ainda maior”, diz Turqueto.
Segundo o executivo, no projeto com a UFMS, há desenvolvimento por exemplo do projeto piloto realizado com utilização do GLP para geração de energia na ala de higienização de covid dos profissionais da Saúde do HU – Hospital Universitário da UFMS, durante o pico de casos, e o projeto em fase de estudo para utilização do GLP para geração de energia na criação de peixes, com foco no agronegócio.
Uso do gás (GNV ou Biometano) como combustível veio para salvar o bolso do consumidor e se torna melhor alternativa para substituir a gasolina e o diesel nos veículos leves e pesados, além de diminuir a poluição
O uso do gás (GNV ou Biometano) como combustível nos veículos leves e pesados é uma das soluções encontradas como alternativa ao uso de gasolina e diesel com o intuito de diminuir a poluição e também para quem quer aliviar o bolso com as disparadas constantes nos preços dos combustíveis.
No Rio de Janeiro, é comum o uso do GNV em veículos de passeio, sendo uma solução baseada no custo x benefício do produto e que atualmente ajuda a combater os GEE (gases de efeito estufa).
Através da Governança Ambiental (ESG), as empresas vêm exigindo do mercado um comportamento “ambientalmente correto”. Pensando nisso, como uma alternativa ao diesel e à gasolina, é possível observar alguns caminhões e máquinas agrícolas movidos a gás. Essa tecnologia, que utiliza motores ciclo Otto, permite o uso tanto do GNV (combustível fóssil, porém, menos poluente) quanto do Biometano (gás obtido por fermentação anaeróbica de material orgânico). Leia a matéria completa AQUI.
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