Dólar pode cair mais no Brasil com cortes de juros do Fed. Mercado projeta que a redução dos juros nos Estados Unidos pode fortalecer o real e abrir espaço para novos cortes da Selic no Brasil.
O debate sobre política monetária nos Estados Unidos voltou a ganhar força. Segundo o economista Fernando Ulrich, a possibilidade de cortes nas taxas pelo Federal Reserve (Fed) já é considerada praticamente certa pelo mercado. Nesse cenário, o dólar pode cair mais no Brasil, trazendo impacto direto para investidores, exportadores e consumidores.
A expectativa é que os juros americanos sejam reduzidos já em setembro. Para analistas, a medida pode aliviar pressões globais, estimular ativos de risco e fortalecer moedas emergentes, como o real. Com a taxa básica mais baixa nos EUA, o fluxo de capitais tende a se tornar mais favorável para o Brasil, o que contribui para a valorização cambial.
Por que o dólar pode cair mais no Brasil
Segundo Ulrich, os cortes de juros pelo Fed estão relacionados a dois fatores centrais: a inflação americana em desaceleração e sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho. Com menor pressão inflacionária e geração de empregos mais fraca, o Fed ganha espaço para iniciar um ciclo de flexibilização monetária.
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No Brasil, isso pode significar uma combinação positiva. Se os juros externos caem, o Banco Central brasileiro tem mais liberdade para reduzir a Selic sem pressionar o câmbio. Esse movimento fortalece o real, reduz custos de importação e pode até aliviar a inflação doméstica.
O impacto sobre a economia brasileira
O cenário internacional mais favorável abre espaço para mudanças internas. A queda do dólar já se reflete no câmbio, que voltou a operar abaixo de R$ 5,40. Para economistas, a valorização da moeda brasileira ajuda a conter preços de combustíveis, alimentos importados e insumos industriais, além de melhorar a percepção de risco do país.
No entanto, especialistas alertam que o efeito depende também de fatores internos. O equilíbrio fiscal, a política de gastos do governo e a confiança dos investidores continuarão sendo determinantes para definir até onde o real pode avançar. Se o Brasil não apresentar estabilidade fiscal, parte dos ganhos cambiais pode ser anulada.
O que esperar dos próximos meses
As apostas do mercado apontam para um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Fed. Embora alguns analistas falem em 0,50 ponto, o consenso é de um início cauteloso. Se o ciclo de cortes se confirmar, o dólar pode cair mais no Brasil até o fim do ano, fortalecendo a moeda local e criando espaço para novos cortes na Selic.
Segundo Ulrich, esse movimento global traz oportunidades, mas também riscos. A valorização cambial pode beneficiar importadores e consumidores, mas pressiona exportadores, que recebem menos em reais pelas vendas externas. O desafio será encontrar equilíbrio para que a queda do dólar não prejudique a competitividade brasileira no comércio internacional.
A análise de Fernando Ulrich mostra que o dólar pode cair mais no Brasil com os cortes de juros do Fed, mas os efeitos dependerão da combinação entre política monetária internacional e estabilidade fiscal doméstica.
E você, acredita que essa queda do dólar vai de fato beneficiar a economia brasileira, ou acha que o impacto pode ser limitado? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir a sua visão sobre esse cenário.