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Dólar pode cair mais no Brasil após cortes de juros do Fed, mas exportadores alertam para perdas bilionárias com valorização excessiva do real

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 28/08/2025 às 08:43
Queda do dólar favorece importadores e consumidores, reduz preços de combustíveis e alimentos, mas ameaça receitas externas e lucros de exportadores brasileiros
Queda do dólar favorece importadores e consumidores, reduz preços de combustíveis e alimentos, mas ameaça receitas externas e lucros de exportadores brasileiros
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Dólar pode cair mais no Brasil com cortes de juros do Fed. Mercado projeta que a redução dos juros nos Estados Unidos pode fortalecer o real e abrir espaço para novos cortes da Selic no Brasil.

O debate sobre política monetária nos Estados Unidos voltou a ganhar força. Segundo o economista Fernando Ulrich, a possibilidade de cortes nas taxas pelo Federal Reserve (Fed) já é considerada praticamente certa pelo mercado. Nesse cenário, o dólar pode cair mais no Brasil, trazendo impacto direto para investidores, exportadores e consumidores.

A expectativa é que os juros americanos sejam reduzidos já em setembro. Para analistas, a medida pode aliviar pressões globais, estimular ativos de risco e fortalecer moedas emergentes, como o real. Com a taxa básica mais baixa nos EUA, o fluxo de capitais tende a se tornar mais favorável para o Brasil, o que contribui para a valorização cambial.

Por que o dólar pode cair mais no Brasil

Dólar pode cair mais no Brasil após cortes de juros do Fed, mas exportadores alertam para perdas bilionárias com valorização excessiva do real

Segundo Ulrich, os cortes de juros pelo Fed estão relacionados a dois fatores centrais: a inflação americana em desaceleração e sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho. Com menor pressão inflacionária e geração de empregos mais fraca, o Fed ganha espaço para iniciar um ciclo de flexibilização monetária.

No Brasil, isso pode significar uma combinação positiva. Se os juros externos caem, o Banco Central brasileiro tem mais liberdade para reduzir a Selic sem pressionar o câmbio. Esse movimento fortalece o real, reduz custos de importação e pode até aliviar a inflação doméstica.

O impacto sobre a economia brasileira

O cenário internacional mais favorável abre espaço para mudanças internas. A queda do dólar já se reflete no câmbio, que voltou a operar abaixo de R$ 5,40. Para economistas, a valorização da moeda brasileira ajuda a conter preços de combustíveis, alimentos importados e insumos industriais, além de melhorar a percepção de risco do país.

No entanto, especialistas alertam que o efeito depende também de fatores internos. O equilíbrio fiscal, a política de gastos do governo e a confiança dos investidores continuarão sendo determinantes para definir até onde o real pode avançar. Se o Brasil não apresentar estabilidade fiscal, parte dos ganhos cambiais pode ser anulada.

O que esperar dos próximos meses

As apostas do mercado apontam para um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Fed. Embora alguns analistas falem em 0,50 ponto, o consenso é de um início cauteloso. Se o ciclo de cortes se confirmar, o dólar pode cair mais no Brasil até o fim do ano, fortalecendo a moeda local e criando espaço para novos cortes na Selic.

Segundo Ulrich, esse movimento global traz oportunidades, mas também riscos. A valorização cambial pode beneficiar importadores e consumidores, mas pressiona exportadores, que recebem menos em reais pelas vendas externas. O desafio será encontrar equilíbrio para que a queda do dólar não prejudique a competitividade brasileira no comércio internacional.

A análise de Fernando Ulrich mostra que o dólar pode cair mais no Brasil com os cortes de juros do Fed, mas os efeitos dependerão da combinação entre política monetária internacional e estabilidade fiscal doméstica.

E você, acredita que essa queda do dólar vai de fato beneficiar a economia brasileira, ou acha que o impacto pode ser limitado? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir a sua visão sobre esse cenário.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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