O dólar segue em tendência de alta, ultrapassando a marca de R$ 5,40 nas últimas semanas. Esse movimento não é aleatório e tem trazido consequências ruins para os brasileiros, como o aumento da inflação e, consequentemente, do preço de inúmeros produtos.
De acordo com especialistas, essa alta tem sido impulsionada por dois fatores principais. O primeiro é a política monetária restritiva nos Estados Unidos e o segundo são as incertezas fiscais vividas atualmente no Brasil.
Política monetária restritiva nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a política monetária permanece com foco em conter a inflação e fortalecer a economia americana, que se encontra aquecida, com mercado de trabalho robusto e renda disponível para a população. Por lá, as taxas de juros estão elevadas, entre 5,25% e 5,50% ao ano.
De acordo com o portal G1, especialistas apontam que a atual conjuntura, aliada à expectativa de que os juros americanos só iniciem queda no último trimestre de 2024, torna os títulos públicos do país mais atrativos para os investidores.
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Por conta disso, tem-se notado a migração de capital para os EUA, o que aumenta a procura por dólares e eleva o seu valor em relação a outras moedas, como o real brasileiro.
Incertezas fiscais no Brasil
O risco fiscal no Brasil se intensifica, gerando desconfiança do mercado na capacidade do governo de reduzir as despesas e cumprir as metas fiscais.
Essa incerteza é provocada pela mudança na meta fiscal para 2025, de superávit para déficit zero, o que afugenta investimentos estrangeiros e pressiona o real.
Essa cautela com o cenário fiscal brasileiro também impacta as expectativas para a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia.
Analistas, também de acordo com o site citado, preveem que o Banco Central do Brasil (BC) mantenha a Selic em 10,50% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 19 de junho.
Perspectivas para a Inflação no Brasil
Essa perspectiva, combinada com a deterioração do quadro fiscal, reduz as projeções de investimento em produção no país. Esses fatores levam ao aumento da inflação.
As altas taxas de juros, a desvalorização do real e a desaceleração dos investimentos, combinadas com problemas climáticos que impactam as safras agrícolas, criam um ambiente propício para o aumento da inflação nos próximos meses.
Para especialistas, esse cenário exige medidas consistentes por parte do governo brasileiro para restabelecer a confiança dos investidores, conter a inflação e impulsionar o crescimento da economia.