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Dólar nas alturas: entenda os motivos por trás da disparada da moeda americana!

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 19/06/2024 às 01:20
Dólar dispara acima de R$ 5,40 devido a juros altos nos EUA e incertezas fiscais no Brasil, afastando investidores e pressionando inflação. (Imagem: reprodução)
Dólar dispara acima de R$ 5,40 devido a juros altos nos EUA e incertezas fiscais no Brasil, afastando investidores e pressionando inflação. (Imagem: reprodução)

O dólar segue em tendência de alta, ultrapassando a marca de R$ 5,40 nas últimas semanas. Esse movimento não é aleatório e tem trazido consequências ruins para os brasileiros, como o aumento da inflação e, consequentemente, do preço de inúmeros produtos.

De acordo com especialistas, essa alta tem sido impulsionada por dois fatores principais. O primeiro é a política monetária restritiva nos Estados Unidos e o segundo são as incertezas fiscais vividas atualmente no Brasil.

Política monetária restritiva nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a política monetária permanece com foco em conter a inflação e fortalecer a economia americana, que se encontra aquecida, com mercado de trabalho robusto e renda disponível para a população. Por lá, as taxas de juros estão elevadas, entre 5,25% e 5,50% ao ano.

De acordo com o portal G1, especialistas apontam que a atual conjuntura, aliada à expectativa de que os juros americanos só iniciem queda no último trimestre de 2024, torna os títulos públicos do país mais atrativos para os investidores.

Por conta disso, tem-se notado a migração de capital para os EUA, o que aumenta a procura por dólares e eleva o seu valor em relação a outras moedas, como o real brasileiro.

Incertezas fiscais no Brasil

O risco fiscal no Brasil se intensifica, gerando desconfiança do mercado na capacidade do governo de reduzir as despesas e cumprir as metas fiscais.

Essa incerteza é provocada pela mudança na meta fiscal para 2025, de superávit para déficit zero, o que afugenta investimentos estrangeiros e pressiona o real.

Essa cautela com o cenário fiscal brasileiro também impacta as expectativas para a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia.

Analistas, também de acordo com o site citado, preveem que o Banco Central do Brasil (BC) mantenha a Selic em 10,50% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 19 de junho.

Perspectivas para a Inflação no Brasil

Essa perspectiva, combinada com a deterioração do quadro fiscal, reduz as projeções de investimento em produção no país. Esses fatores levam ao aumento da inflação.

As altas taxas de juros, a desvalorização do real e a desaceleração dos investimentos, combinadas com problemas climáticos que impactam as safras agrícolas, criam um ambiente propício para o aumento da inflação nos próximos meses.

Para especialistas, esse cenário exige medidas consistentes por parte do governo brasileiro para restabelecer a confiança dos investidores, conter a inflação e impulsionar o crescimento da economia.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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