Fiel aliado de Putin, Dmitry Medvedev eleva o tom e afirma que a Rússia se prepara para agir de forma decisiva contra o que chama de “guerra total” do Ocidente.
Em uma das declarações mais duras desde o início da guerra na Ucrânia, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev afirmou que Moscou está se preparando para lançar “ataques preventivos” contra o Ocidente. A ameaça, feita durante uma entrevista recente, eleva drasticamente a tensão entre a Rússia e os países da OTAN, e reflete a crescente frustração do Kremlin com o contínuo apoio militar a Kiev.
Atuando como vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev se consolidou como o porta-voz extraoficial das posições mais agressivas do governo de Vladimir Putin. Suas palavras são frequentemente vistas como um termômetro do que se pensa nos círculos mais radicais do poder russo, e a nova ameaça surge em um momento crítico, logo após o governo americano anunciar um novo plano para acelerar o envio de armas à Ucrânia.
Quem é Dmitry Medvedev e por que suas palavras importam?
Dmitry Medvedev é uma das figuras mais influentes e longevas da política russa moderna. Sua parceria com Vladimir Putin começou nos anos 90 e se solidificou a ponto de ele assumir a presidência da Rússia entre 2008 e 2012, em uma manobra para que Putin pudesse continuar no poder como primeiro-ministro.
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Desde o início da guerra na Ucrânia, Medvedev assumiu um papel de “falcão”, sendo o responsável pelas declarações mais inflamadas, incluindo repetidas ameaças de uso de armas nucleares. Para muitos analistas, ele funciona como um “balão de ensaio” para o Kremlin: enquanto Putin mantém uma postura oficial mais calculada, Medvedev testa os limites da retórica, expressando ideias que, embora extremas, refletem o pensamento de setores importantes do governo.
O contexto da ameaça: “guerra por procuração”
A justificativa de Dmitry Medvedev para a ameaça de ataques preventivos se baseia na narrativa de que o Ocidente já está em uma “guerra total” contra a Rússia. Para ele, o fornecimento de armas, munições e dados de inteligência para a Ucrânia configura um conflito por procuração, no qual as potências ocidentais usam os ucranianos para enfraquecer a Rússia sem se envolverem diretamente no combate.
Essa visão, profundamente enraizada na mentalidade russa, remonta à Guerra Fria e à percepção histórica de que o Ocidente sempre buscou cercar e minar a influência de Moscou. As declarações de Medvedev, portanto, não são apenas uma reação impulsiva, mas parte de uma estratégia de comunicação que busca legitimar uma possível escalada russa como uma resposta defensiva.
Credibilidade e o fantasma da escalada
Embora Dmitry Medvedev seja conhecido por sua retórica agressiva, suas palavras não podem ser ignoradas. É importante lembrar que, dias antes da invasão da Ucrânia em 2022, o mesmo Medvedev classificava como “absurdas” as alegações de que a Rússia preparava um ataque.
A nova ameaça, portanto, coloca o mundo em uma posição delicada. Mesmo que a probabilidade de um ataque direto a um país da OTAN seja baixa, a declaração indica que a Rússia está disposta a adotar medidas cada vez mais drásticas. A ameaça de “ataques preventivos” sinaliza que, na visão de Moscou, a linha entre o apoio a um aliado e a participação direta em uma guerra está se tornando cada vez mais tênue.
O que você acha das declarações de Dmitry Medvedev? Acredita que são apenas retórica para consumo interno ou um sinal real de que o conflito pode escalar para além da Ucrânia? Deixe sua opinião nos comentários.
este cara é um ****, que vai ver o capeta quando morrer.