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Disputa milionária pela Avibras: Príncipe saudita e investidor brasileiro duelam pela aquisição da empresa estratégica do Brasil, em uma negociação que pode redefinir o mercado de defesa!

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 04/11/2024 às 10:56
Disputa milionária pela Avibras: Príncipe saudita e investidor brasileiro duelam pela aquisição da empresa estratégica do Brasil, em uma negociação que pode redefinir o mercado de defesa!
Foto: Reprodução/Youtube – Top Militar LHB

Príncipe saudita de olho na Avibras? Disputa pela compra da empresa estratégica brasileira entre empresas e investidores internacionais gera preocupação no governo federal sobre o futuro do setor de defesa nacional.

Em uma nota divulgada no último dia 25/10, a Avibras anunciou um avanço significativo em seu processo de recuperação financeira, destacando a assinatura de um acordo para a aquisição do controle da companhia por um investidor brasileiro. No entanto, a conclusão dessa aquisição ainda depende do cumprimento de determinadas condições. Enquanto a disputa pela Avibras atrai atenção no mercado, inclusive de figuras como o príncipe saudita, a empresa realiza diligências essenciais para validar e concretizar o processo. O objetivo é restaurar as operações da Avibras e fortalecer sua posição no setor de defesa nacional.

Anúncio de disputa pela Avibras pode encerrar greve que dura um ano

A assinatura deste acordo representa um marco importante no processo de reestruturação da empresa e para por fim à disputa pela Avibras. O fechamento efetivo da aquisição somente poderá ocorrer se cumpridas todas as condições estabelecidas no acordo. 

As partes estão trabalhando de forma colaborativa e diligente para concluir a transação. Após o comunicado, que pode dar fim à disputa pela Avibras, os trabalhadores da empresa estão se preparando para encerrar uma greve que já dura mais de um ano.

Em assembleia do sindicato dos metalúrgicos, realizada nesta última terça-feira (29), os funcionários definiram uma lista de reivindicações a ser apresentada ao provável novo proprietário da empresa, em reunião agendada para o dia 8 de novembro.

Para encerrar a greve, os trabalhadores elaboraram cinco exigências principais, incluindo o pagamento integral de salários e multas, o reestabelecimento do plano de saúde, e a garantia de permanência da empresa na região, por pelo menos 10 anos. Além disso, eles exigem a divulgação das dívidas da empresa com cada trabalhador e a estabilidade no emprego por um ano.

Príncipe Saudita disputa pela compra da Avibras

A crise financeira da Avibras resultou em uma dívida trabalhista de aproximadamente R$ 327 milhões. Desde o início do processo de recuperação, o número de funcionários caiu de 1.400 para 924, que enfrentam atrasos de salários que já somam 19 meses, segundo os sindicalistas. Os trabalhadores dizem que também estão sem acesso a FGTS e ao plano de saúde. 

Segundo a coluna radar da Veja, não é um investidor brasileiro o que está mais perto da compra da Avibras. O jornalista Gustavo Maia crava que a disputa da Avibras é feita com o Fundo Soberano da Arábia Saudita, do príncipe Saudita Mohammed bin Salman, que deve ficar com 80% da empresa brasileira de armamentos, que fabrica foguetes, mísseis e lançadores e entrou em recuperação judicial em março de 2022. 

Dados da empresa de consultoria Global SWF mostram que o fundo do Príncipe Saudita investiu 31,6 bilhões de dólares, em 2023, tornando se uma das plataformas de investimento mais ativas do mundo. A Avibras, apesar da precária saúde financeira, tem ativos valorizados no mercado militar, como o sistema de lançamento múltiplo de foguetes Astros 2020 e o Míssil Tático de Cruzeiro AVMTC-300, que são os armamentos mais dissuasórios do Exército Brasileiro.

Fusão da Avibras com Akaer

É evidente que a compra da Avibras para um investidor brasileiro é muito melhor para a segurança nacional que a venda para o príncipe Saudita. Esta é uma empresa estratégica para a segurança nacional, e esperamos que o investidor brasileiro, cujo nome ainda não foi divulgado, seja o vencedor desta disputa pela Avibras.

Outra solução que pode evitar a compra da Avibras vem do Governo e das Forças Armadas, que planejam a possibilidade de fusão da Avibras e Akaer Engenharia Espacial, através de um grupo de investidores nacionais. As tentativas de compra do Príncipe Saudita e empresas estrangeiras como DefendTex e Norinco, da Austrália e China, respectivamente, causaram preocupação no governo brasileiro, levando ao BNDES a encontrar uma solução nacional, tendo em vista que a empresa gera o armamento mais potente do Exército Brasileiro.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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