Pesquisadores do MIT desenvolvem dispositivo capaz de transformar ar seco em água potável. Dispositivo pode produzir até 5 litros de água por dia, confira!
A busca por técnicas inovadoras para solucionar a escassez de água potável tem levado pesquisadores a desenvolver dispositivos capazes de capturar a umidade do ar, mesmo em regiões extremamente secas. Um exemplo dessa inovação é uma nova tecnologia que utiliza aletas revestidas com materiais absorventes e uma folha de cobre entre camadas de espuma. Esta abordagem promete ser uma solução eficaz e acessível para obter água potável em áreas áridas.
Confira os detalhes sobre o dispositivo capaz de transformar ar seco em água potável
As espumas são revestidas com zeólita, aluminossilicato cristalino disponível comercialmente. A combinação possibilita resultados eficientes na disponibilização de água potável e rápida.
Os detalhes sobre o dispositivo capaz de transformar ar seco em água potável foram publicados no periódico ACS Energy Letters por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) liderados por Xiangyu Li e Bachir El Fil. O dispositivo significa uma nova esperança para áreas áridas e comunidades com acesso limitado a fontes hídricas seguras.
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Após as aletas absorverem a umidade do ar, são aquecidas para que o dispositivo libere água potável. Em testes de prova de conceito, o dispositivo capaz de transformar ar seco em água potável foi equipado com 10 aletas adsorventes dispostas lado a lado em uma base de cobre, separadas por uma distância de aproximadamente 2 milímetros.
Essa configuração maximiza a captura de umidade do ar, mesmo em condições desérticas com apenas 10% de umidade relativa. Em apenas uma hora, as aletas absorveram a umidade do ar e, quando a base atingiu 184 °C, liberaram a água retida.
Dispositivo capaz de transformar ar seco em água potável pode gerar até 5 litros diários
Se o ciclo for realizado 24 vezes por dia, o dispositivo capaz de transformar ar seco em água potável, pode produzir até 1,3 litros de água potável diariamente no revestimento adsorvente, em condições de ar com 30% de umidade relativa.
A capacidade de produção pode aumentar para 5,8 litros de água por dia por quilograma de material usado, uma quantidade suficiente para suprir as necessidades diárias de várias cidades em regiões áridas. Isso é um volume duas a cinco vezes maior do que os dispositivos desenvolvidos anteriormente.
A única desvantagem é que o sistema demanda energia para liberar a água, necessitando que a base do dispositivo capaz de transformar ar seco em água potável alcance 184 °C. Contudo, os pesquisadores garantem que o dispositivo pode usar energia residual ou calor de outros sistemas, como edifícios ou veículos, para operar de forma mais sustentável.
Segundo os pesquisadores em comunicado, o trabalho identifica uma oportunidade-chave para rápida captura de umidade e coleta de água do ar seco, várias vezes por dia. Com mais desenvolvimento, esse sistema poderia ser integrado em infraestruturas existentes que produzem calor residual, como edifícios ou veículos de transporte, para fornecer uma opção econômica para gerar água potável em regiões áridas.
Outros dispositivos que seguem a mesma temática
Outro dispositivo capaz de transformar ar seco em água é o Kara Pure, criado por Cody Soodeen. Este é um dispensador de água potável que promete revolucionar a forma como obtemos água potável. Trata-se não apenas de uma resposta às atuais preocupações com a qualidade da água, mas uma antecipação das necessidades futuras.
Soodeen, inspirado por sua experiência em uma cidade onde a água potável estava contaminada por bactérias prejudiciais à saúde, desenvolveu o Kara Pure para extrair água da umidade atmosférica, transformando-a em água mineral alcalina.
Esse dispositivo tem capacidade de dispensar até 10 litros de água por dia, enriquecendo-a com sete minerais naturais raros e elevando seu pH para 9,2+, proporcionando não apenas hidratação, mas também a purificação do corpo.