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Diretora financeira da Petrobras diz que a empresa está queimando cerca de US$ 1 bilhão por mês com o atual preço do petróleo

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 08/05/2020 às 09:00
petrobras, crise econômica, petróleo

Andrea Marques de Almeida, diretora financeira da Petrobras diz que os preços do petróleo afetam de forma significativa a receita da empresa

A Petrobras, de acordo com sua diretora financeira Andrea Marques de Almeida, está queimando cerca de US$ 1 bilhão todo mês, com o atual cenário de preços baixos do petróleo. “Os preços menores e a demanda menor afetam de forma significativa nossa receita. Temos que adequar nossos custos às receitas. Para se ter uma ideia, a Petrobras, hoje em dia, e olhando para frente, dentro do que vimos no nosso cenário, estamos queimando, consumindo US$ 1 bilhão de caixa por mês”.

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Segundo a diretora, a situação necessita de medidas para preservar o caixa, reduzir custos e dar liquidez à empresa para que ela suporte o ano de 2020. “Nossos custos, muitos deles, são fixos e a nossa receita é variável. Temos que adequar os custos a nossa receita”, comentou.

Plataformas

Já de acordo com o diretor de exploração e produção da Petrobras, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, não há qualquer indicativo de que a empresa hibernará mais plataformas. No início de abril, houve parada de produção de 62 das 82 unidades de produção em águas rasas.

De acordo com ele, “Temos que preservar caixa e a ação [hibernação de plataformas em águas rasas] foi no sentido de estancar essa hemorragia. Não temos nada que sinalize, neste momento, que vamos hibernar mais plataformas”.

Refinarias

Para a diretora de refino e gás natural da Petrobras, Anelise Lara, a crise econômica só reforça a necessidade da venda de metade do parque de refino.

Outras questões citadas pela diretora é a indústria de biocombustíveis, que cobra a empresa um aumento da taxação sobre os combustíveis fósseis e também a posição monopolista da empresa no refino, o que a deixa muito exposta. De acordo com ela, faltam parceiros que defendam os interesses do setor.

“Essa posição é muito ruim, porque dificulta muito nossa relação e participação no mercado como um todo. Quando se fala hoje em alguma medida para beneficiar o refino, pensa-se que estará se beneficiando uma única empresa. Isso é muito ruim para nossa perenidade e sustentabilidade… Não podemos ficar sozinhos num segmento tão relevante como o refino. Precisamos de parceiros na luta por demandas que esse segmento vai precisar enfrentar nos próximos anos”, disse ela.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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