Andrea Marques de Almeida, diretora financeira da Petrobras diz que os preços do petróleo afetam de forma significativa a receita da empresa
A Petrobras, de acordo com sua diretora financeira Andrea Marques de Almeida, está queimando cerca de US$ 1 bilhão todo mês, com o atual cenário de preços baixos do petróleo. “Os preços menores e a demanda menor afetam de forma significativa nossa receita. Temos que adequar nossos custos às receitas. Para se ter uma ideia, a Petrobras, hoje em dia, e olhando para frente, dentro do que vimos no nosso cenário, estamos queimando, consumindo US$ 1 bilhão de caixa por mês”.
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Segundo a diretora, a situação necessita de medidas para preservar o caixa, reduzir custos e dar liquidez à empresa para que ela suporte o ano de 2020. “Nossos custos, muitos deles, são fixos e a nossa receita é variável. Temos que adequar os custos a nossa receita”, comentou.
Plataformas
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Já de acordo com o diretor de exploração e produção da Petrobras, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, não há qualquer indicativo de que a empresa hibernará mais plataformas. No início de abril, houve parada de produção de 62 das 82 unidades de produção em águas rasas.
De acordo com ele, “Temos que preservar caixa e a ação [hibernação de plataformas em águas rasas] foi no sentido de estancar essa hemorragia. Não temos nada que sinalize, neste momento, que vamos hibernar mais plataformas”.
Refinarias
Para a diretora de refino e gás natural da Petrobras, Anelise Lara, a crise econômica só reforça a necessidade da venda de metade do parque de refino.
Outras questões citadas pela diretora é a indústria de biocombustíveis, que cobra a empresa um aumento da taxação sobre os combustíveis fósseis e também a posição monopolista da empresa no refino, o que a deixa muito exposta. De acordo com ela, faltam parceiros que defendam os interesses do setor.
“Essa posição é muito ruim, porque dificulta muito nossa relação e participação no mercado como um todo. Quando se fala hoje em alguma medida para beneficiar o refino, pensa-se que estará se beneficiando uma única empresa. Isso é muito ruim para nossa perenidade e sustentabilidade… Não podemos ficar sozinhos num segmento tão relevante como o refino. Precisamos de parceiros na luta por demandas que esse segmento vai precisar enfrentar nos próximos anos”, disse ela.