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Diretora de Refino e Gás Natural garante Petrobras competitiva no novo mercado de Refino

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 02/12/2020 às 19:42
Petrobras refinaria gás natural

A Petrobras manterá processamento de 1,1 milhão de barris de petróleo por dia após venda de oito refinarias, informou Anelise durante a Rio Oil & Gas

A diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras, Anelise Lara, garantiu que a companhia continuará como uma forte competidora no novo mercado de refino do Brasil, que se formará nos próximos anos a partir da venda de oito, do total de 13, refinarias hoje administradas pela Petrobras . A afirmação foi feita nesta quarta-feira (2/12), durante o painel “O novo mercado de downstream” da Rio Oil & Gas, o maior evento do setor na América Latina.

“Continuaremos com 1,1 milhão de barris de petróleo sendo processados por dia. Já temos feito diversas ações em eficiência energética, descarbonização, transformação digital e também elaboramos produtos mais avançados”, afirmou Anelise, que prevê como desafio para a Petrobras o preparo das equipes para esse novo cenário. “Como tivemos o monopólio por tantos anos, temos procedimentos que precisarão ser mudados para nos tornarmos mais competitivos. Precisamos ganhar em flexibilidade, mantendo a governança e a integridade dos processos”, disse a executiva.

Um exemplo de sucesso que pode ser adotado para essa mudança de cultura, segundo a diretora, é o que foi observado em relação à segurança operacional. A Taxa de Acidentados Registráveis da área de Refino e Gás Natural alcançou a marca de 0,3 por milhão de homem-hora, sendo que a média mundial é de um índice de 0,9. “Alcançamos esse resultado porque segurança é um valor intrínseco para nós, está no nosso sangue. Agora, temos que buscar cada vez mais baixos custos e uma melhor performance operacional. Com esses valores e diretrizes, certamente seremos um forte competidor”, previu a diretora.

Desinvestimentos da Petrobras e transição energética

O mercado brasileiro de downstream será alterado por dois grandes movimentos, de acordo com Anelise: os desinvestimentos da Petrobras de metade da sua capacidade de refino e a transição energética, que demandará novos produtos, como o diesel renovável e o BioQAV.”Será um mercado totalmente diferente. Hoje, competimos só com os importadores, mas haverá competição também entre as refinarias. Isso trará novos players e mais investimentos em logística, tecnologia e novos produtos”, explicou a diretora.

A Petrobras já recebeu ofertas finais para compra de quatro refinarias e espera receber, ainda este ano, propostas para outras duas. As duas unidades restantes devem entrar em fase final de venda no primeiro trimestre de 2021.

Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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