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Diante de crise hídrica, usinas termelétricas têm sido o escape para o sistema elétrico

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 23/10/2021 às 09:00
Usina – termelétrica
Usina Termelétrica GNA I/ Fonte: Energia Hoje

As usinas termelétricas irão custar cerca de R$ 13,1 bilhões até novembro, segundo previsões do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico)

As usinas termelétricas, que poluem mais e geram energia mais cara, estão sendo mais utilizadas, para evitar um apagão diante da crise hídrica em que o Brasil vive, gerou um gasto maior com geração de energia no Brasil. Esse gasto é repassado para consumidores, o que deve fazer com que a conta de luz fique mais cara até 2025, pelo menos. Confira ainda esta notícia: MME prevê investimento de R$ 20 bilhões com programa que prorroga uso de termelétricas movidas a carvão

Recentemente, a usina Termelétrica GNA I entrou em operação

A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a entrada em operação, da usina termelétrica GNA I. As instalações ficam no Porto do Açu, em São João da Barra, no estado do Rio de Janeiro. A UTE será movida a gás natural e terá capacidade de produzir 1.338,30 megawatts (MW), suficientes para atender 4 milhões de pessoas.

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, diz que a entrada dessa usina termelétrica será muito benéfica para o setor, especialmente na atual conjuntura. A energia gerada pela UTE localizada no Porto do Açu, será injetada no sistema na região Sudeste, a mais castigada com a estiagem dos reservatórios, sendo suficiente para atender 4 milhões de habitantes, ressalta o executivo.

A crise hídrica causada pela falta de chuvas, gera consequentemente, a queda no armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisou acionar usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia ao país. A energia gerada em termelétricas, contudo, é mais cara e provoca aumento no custo da conta de luz. No fim de agosto, o governo e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciaram um novo patamar de bandeira tarifária.

Já a UTE Marlim Azul, está com 70% das obras já concluídas

Em entrevista concedida aos jornalistas, o Diretor de Novas Energias da Shell Brasil, Guilherme Perdigão, disse que a usina termelétrica Marlim Azul está com 70% da obra total concluída devendo entrar em operação em janeiro de 2023, conforme o previsto. O executivo ressaltou que a primeira turbina já chegou a Macaé, onde a termelétrica está sendo construída.

Guilherme Perdigão disse que atualmente há mais de 1.200 pessoas trabalhando na obra como um todo. O projeto da usina termelétrica Marlim Azul, na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro, compreende ainda a construção de um gasoduto de 22 quilômetros, além da linha que a conecta ao sistema.

Segundo Perdigão, a pandemia de Covid-19 foi um grande desafio durante esse período de obras, mas que a queda nos números de casos por conta da vacinação traz otimismo para os próximos meses. A Agência Nacional de Energia Elétrica vem sendo informada dos desafios das etapas das obras durante a pandemia. A usina termelétrica Marlim Azul deverá ser o destino de uma parte dos R$ 3 bilhões que a Shell pretende investir no país, até 2025.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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