Com grande baixa nos reservatórios das hidrelétricas, as fontes de energia renovável, tais como solar, eólica, biomassa e outras, podem ser uma boa saída
Em meio à crise hídrica que o país está passando, devido a um período de grande baixa nas chuvas, que influencia diretamente o funcionamento das hidrelétricas, investimentos em fontes de energia renovável poderão ser um grande escape para possível crise energética. Nesse cenário, há a necessidade clara de racionalização do consumo e também de uma otimização da geração e transmissão de energia elétrica. Confira ainda esta notícia: Região Nordeste bate recorde na geração de energia solar e eólica
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Aumento do uso das fontes de energia renovável
Charles Lenzi, presidente da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), destaca que essa conjuntura de utilizar fontes de energia renovável deve impulsionar a discussão sobre a importância de investirmos em nova geração hidrelétrica, inclusive considerando projetos com ampla capacidade de reservatórios. Se o país pretende preservar uma matriz limpa e renovável, é fundamental que se volte a considerar a plurianualidade dos reservatórios como premissa para assegurar tarifas mais acessíveis (modicidade tarifária), segurança e confiabilidade na geração de energia elétrica, diz Charles.
O presidente da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa ainda diz que no caso das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), o potencial existente é da ordem de 25 mil megawatts (MW). Atualmente, existem mais de 9 mil MW em projetos já desenvolvidos na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). São aproximadamente 600 empreendimentos que, juntos, possibilitariam um volume de investimentos na área de R$ 75 bilhões, concluí.
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Recordes na geração de fonte de energia renovável têm ajudado a amenizar consequências da crise hídrica
Na Região Nordeste, a geração de energia eólica, uma grande fonte de energia renovável, tem batido um recorde atrás do outro nessa temporada. Os ventos têm ajudado a amenizar um pouco as dificuldades impostas pela crise hídrica. É com ventos fortes que o Rio Grande do Norte ajuda ao sistema nacional na geração de energia. O estado é o maior produtor de eólica do país, e a capacidade instalada deve crescer nos próximos meses.
A maior parte da matriz brasileira fica com as hidrelétricas, com cerca de 64%. E a crise energética que atinge o país ocorre por causa da seca. Com a falta de chuvas, os níveis dos reservatórios ficam baixos. O acionamento das termoelétricas encarece a energia, e o consumidor acaba pagando mais caro, no entanto, algumas empresas tem investido em fontes de energia renovável (solar e eólica) para amenizar nestas contas de luz.
Diversificação do setor elétrico
Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), nos últimos 20 anos há uma ampla movimentação do setor elétrico com o objetivo de diversificar a matriz energética, o que permite uma maior segurança nos períodos de grande pressão sobre as fontes hídricas. Diversas políticas públicas foram implementadas para possibilitar o aumento da participação de outros tipos de geração, seja ela de energia renovável ou não, como a gás natural, nuclear, com biomassa, eólica, solar, entre tantas outras disponíveis.
O presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ressalta que “É um momento bastante desafiador, mas estamos acompanhando de perto as movimentações do consumo e dos reservatórios das hidrelétricas, como participantes do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e as melhores previsões apontam que o abastecimento de energia está assegurado até o início do próximo período chuvoso, que começa por volta do mês de novembro”.
Altieri ainda lembra que ainda há espaço para manejar e modificar a matriz elétrica em busca do equilíbrio entre geração de energia renovável, segurança do fornecimento e complementariedade entre as fontes.