Vários novos operadores estão aparecendo na bacia do Espírito Santo, à medida que as vendas da Petrobras de ativos em terra e águas rasas avançam
O estado do Espírito Santo tem sido um dos maiores beneficiados com os planos de desinvestimentos da Petrobras. A expectativa é que a chegada de novas empresas gere empregos e renda na região. Na última quinta-feira (27), a Petrobras fechou acordo de US$ 155 milhões com a Karavan SPE Cricaré, parceria entre a Karavan e a Seacrest, para a participação em 27 áreas de E&P localizadas na área onshore da bacia do Espírito Santo.
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Esses campos tiveram produção média de 1.700b/d (barris por dia) de petróleo e 14.000m3/d (metros cúbicos por dia) de gás natural no primeiro semestre do ano. A expectativa é que a nova operadora aproveite oportunidades de exploração nos campos para aumentar a produção. A venda faz parte do programa de venda de ativos de US$ 20-30 bilhões da Petrobras para 2020-24.
Na semana passada, a Petrobras também havia anunciado o início dos processos de venda dos campos onshore Cancã, Cancã Leste, Fazenda Alegre, Fazenda São Rafael e Fazenda Santa Luzia e infraestrutura associada na mesma bacia.
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A NOC também está vendendo suas participações em dois blocos de exploração terrestre (ES-T-506 e ES-T-516), além de seis blocos offshore (ES-M-596, ES-M-598, ES-M-671 , ES-M-673, ES-M-743 e BM-ES-23, onde ocorreram as descobertas em águas profundas do Parque dos Doces) e os campos de Camarupim, Camarupim Norte, Canapu e Golfinho, todos na bacia do Espírito Santo.
No ano passado, a independente Imetame também fechou acordo com a Petrobras para a compra dos campos onshore no ES Lagoa Parda, Lagoa Parda Norte e Lagoa Piabanha.
O apelo da região se deve não só à proximidade com as maiores e mais produtivas bacias do Brasil, Campos e Santos, mas também à infraestrutura instalada no Espírito Santo
O estado possui uma unidade de processamento de gás natural, a planta de Cacimbas, com capacidade de 18,1Mm3/d. Entrou em operação em 2008 e já recebe gás de campos offshore na bacia do Espírito Santo. Também estão instalados estaleiros no estado, como o Jurong Aracruz, que foi responsável pelas obras de diversas plataformas que hoje estão produzindo na região do pré-sal.
Segundo dados da ANP, a bacia do Espírito Santo possui atualmente 21 blocos em fase de exploração, sendo 11 onshore e 10 offshore. As concessões marítimas são operadas por grandes empresas como Equinor, Repsol e CNOOC da China. Estas duas últimas adquiriram os blocos em 2017, durante a 14ª rodada de concessões, e ainda se encontram em fase inicial de exploração, pelo que a bacia terá ainda mais atividade nos próximos anos.
Petrobras mantém foco no pré-sal e venda de campos em terra e águas rasas da estatal na Bacia do Espírito Santo estimula novas atividades
A Petrobras mudou seu foco para longe da área em 2015, quando uma explosão a bordo do FPSO Cidade de São Mateus matou nove pessoas. A unidade foi responsável pela produção dos campos de Camarupim e Camarupim Norte, onde a produção está paralisada.
A expectativa é que a chegada de novas empresas na região, tanto onshore quanto offshore, reverta a retração das atividades, com novos poços sendo perfurados e mais aquisições de dados em andamento.
No final de 2019, a bacia do ES contava com 43,1Mb (milhões de barris) de óleo e 9Bm3 (bilhões de metros cúbicos) de gás em reservas provadas, prováveis e possíveis (3P) offshore, além de 49,2Mb de óleo e 227Mm3 de gás de reservas 3P em terra.
Fonte: Bnamericas