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Descubra quanto custa instalar energia solar e quanto tempo leva para o retorno do investimento

Publicado em 16/03/2025 às 08:27
Quanto custa instalar energia solar, Energia solar
Créditos da Imagem: (Pexels)
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Energia solar residencial pode ser um investimento vantajoso. Veja os custos médios de instalação e o tempo estimado para obter retorno com economia na conta de luz

Nos últimos anos, a energia solar tem se consolidado como uma alternativa viável e rentável no Brasil. A queda no custo dos painéis solares impulsiona a adoção da tecnologia em diferentes regiões do país.

Um levantamento da plataforma Meu Financiamento Solar revelou que os preços dos sistemas solares caíram cerca de 60% entre 2022 e 2025, tornando o investimento mais acessível para consumidores de diferentes perfis.

Atualmente, mais de 4,6 milhões de imóveis no Brasil já contam com geração própria de energia solar, incluindo residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a capacidade instalada da tecnologia fotovoltaica já alcança 35 gigawatts (GW), com investimentos acumulados que ultrapassaram R$ 164 bilhões.

A popularização da energia solar ocorre em meio à busca por fontes renováveis ​​e à necessidade de redução de custos com eletricidade. O preço mais acessível e o rápido retorno do investimento têm sido fatores decisivos para muitos consumidores que optam pela instalação de sistemas solares em seus telhados.

Energia solar: Economia e retorno do investimento

O retorno do investimento na energia solar depende de fatores como região e tamanho do sistema instalado. O levantamento analisou preços de mais de 3 mil empresas instaladas e apontou que a taxa de retorno anual do investimento varia entre 35% e 45%, dependendo das condições locais.

Na prática, isso significa que um consumidor pode recuperar o valor investido na energia solar em cerca de três anos, com base na economia mensal obtida na conta de luz.

Para exemplificar, a residência no Sudeste que consome 347 kWh por mês precisaria de um sistema mínimo de 3,3 kWp para suprir toda a sua necessidade de eletricidade. Já no Nordeste, onde há maior incidência solar, um sistema de energia solar menor pode ser suficiente para atender ao mesmo consumo.

Simulação de preço e retorno de investimento em energia solar:

Tipo de ConsumidorPotência do SistemaPreço Médio (R$)Economia na Conta de Luz (R$)Economia Anual (R$)Taxa de Retorno Anual
Residencial5 kWp12.906,004004.800,0037%
Residencial6,6 kWp16.988,005006.000,0035%
Residencial7,6 kWp18.165,006007.200,0040%
Residencial8,8 kWp20.518,007008.400,0041%
Residencial10 kWp22.692,008009.600,0042%
Residencial12,2 kWp26.318,001.000,0012.000,0046%
Comercial25,5 kWp54.500,002.000,0024.000,0044%
Comercial50,5 kWp122.900,004.000,0048.000,0039%

Financiamento de sistemas solares

Para quem deseja investir em energia solar, diversas opções de financiamento estão disponíveis no mercado. As parcelas podem ser ajustadas conforme o prazo do financiamento, variando de 36 a 84 meses.

Simulação de financiamento para diferentes tamanhos de sistemas:

Tipo de ConsumidorPotência do SistemaPreço Médio (R$)36 x Parcelas (R$)60 x Parcelas (R$)84 x Parcelas (R$)Economia mensal na Conta de Luz (R$)
Residencial5 kWp12.906,00575428388400
Residencial6,6 kWp16.988,00745554500500
Residencial7,6 kWp18.165,00793590534600
Residencial8,8 kWp20.518,00891663600700
Residencial10 kWp22.692,00981730661800
Residencial12,2 kWp26.318,001.131,008427621.000,00
Comercial25,5 kWp54.500,002.296,001.702,001.547,002.000,00
Comercial50,5 kWp122.900,005.131,003.818,003.458,004.000,00

Crescimento do setor e fusões de empresas

O setor de energia solar tem atraído investimentos significativos. Em 2024, as fusões e aquisições cresceram 76%, totalizando 51 transações. Esse movimento abrange tanto grandes usinas quanto projetos de pequeno porte.

A consultoria Greener acordos 35 operações envolvendo usinas solares, totalizando 3,6 gigawatts-pico (GWp). No mercado de geração distribuída, a Brasol foi uma das empresas que mais expandiu suas importações, adquirindo quatro usinas.

Já na Geração Centralizada, a Atlas Renewable Energy adquiriu 11 usinas da Shell, somando aproximadamente 600 MWp.

Diferenças entre Geração Distribuída e Geração Centralizada:

A energia solar pode ser gerada de duas formas principais: Geração Distribuída (GD) e Geração Centralizada (GC).

CaracterísticaGeração Distribuída (GD)Geração Centralizada (GC)
PorteInstalações pequenas, como sistemas residenciais de autoconsumo (4 kW a 8 kW) ou usinas de GD para geração compartilhada. Basicamente, instalações até 3 MW.Usinas de maior porte.
AutoconsumoPredominantemente autoconsumo local (geração e consumo simultâneos) e também autoconsumo remoto e geração compartilhada. O excedente vira crédito.Não aplicável diretamente. A GC vende energia para distribuidores e consumidores.
DespachoNão despachável pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia é injetada na rede de distribuição.Despachável pelo ONS, que controla quando cada usina opera.
Participação no MercadoNão participe do Mercado Livre de Energia. A compensação é feita por meio de créditos no ambiente regulado.Pode ser contratada por meio de leilões de energia ou pelo Mercado Livre de Energia por meio de contratos bilaterais (PPAs) ou autoprodução.
Modelo de ContrataçãoNão há venda de energia, mas sim compensação de créditos.Venda de energia por meio de leilões, contratos bilaterais (PPAs) ou autoprodução.
ImpulsionamentoPrincipalmente pelo consumidor residencial.Mais voltado para o comércio de energia no Mercado Livre.
Leilões de EnergiaNão participe dos leilões de energia.Participe dos leilões, embora esses estejam se tornando mais raros.
DesafiosConsolidação do setor com empresas maiores adquirindo as menores.Cortes de geração, PLD baixo (preço da energia) e demanda que não acompanha a oferta.
ArmazenamentoSistemas de armazenamento em baterias para melhor aproveitamento do excedente de energia.Não aplicável diretamente.

O futuro da energia solar no Brasil caminha para uma maior descentralização. Os pequenos consumidores residenciais tendem a se tornar prosumidores, ou seja, produtores e consumidores de energia ao mesmo tempo.

Para Mateus Pinheiro, analista da Greener, um dos desafios para essa evolução é o armazenamento de energia gerada durante o dia para uso no período noturno. A chegada de veículos elétricos também pode acelerar a adoção da tecnologia solar pelos consumidores.

Com custos decrescentes e um retorno financeiro acelerado, a energia solar segue se consolidando como uma alternativa acessível e sustentável para o futuro da energia do Brasil.

Com informações de IstoÉ.

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Romário Pereira de Carvalho

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