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Descoberta no Egito pode mudar a história do mundo

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 29/10/2025 às 18:46
Túneis e câmaras ocultas sob o Planalto de Gizé revelam novos segredos da engenharia egípcia e podem mudar a história do mundo.
Túneis e câmaras ocultas sob o Planalto de Gizé revelam novos segredos da engenharia egípcia e podem mudar a história do mundo.
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Túneis e colunas sob o Planalto de Gizé despertam novas teorias sobre a engenharia e o simbolismo do Egito Antigo. A descoberta reacende o debate sobre o que ainda pode estar oculto sob a areia milenar de Gizé.

Pesquisadores liderados pelo egiptólogo Armando Mei afirmam ter mapeado túneis, colunas de pedra e poços verticais sob o Planalto de Gizé, nas imediações da Grande Esfinge e das pirâmides de Quéops e Quéfren.

O trabalho, realizado com georadar e tomografia, descreve uma rede subterrânea que, segundo a equipe, revela um projeto planejado com possíveis funções práticas ou rituais.

Poços e cavidades sob a Esfinge e as pirâmides

De acordo com o grupo, três poços principais aparecem distribuídos de forma triangular em área contígua à Esfinge e às pirâmides de Quéops e Quéfren.

A distância entre eles, inferior a 50 metros, foi interpretada como indício de padrão geométrico deliberado.

O levantamento associa esses pontos ao chamado Projeto Kefrén, que reúne dados obtidos por varreduras sucessivas.

O primeiro poço teria sido localizado a nordeste da Esfinge.

A abertura, descrita como quadrada e esculpida na rocha, daria acesso a um eixo de cerca de 40 metros de profundidade, altura aproximada de um prédio de 12 andares.

Varredura georadar no planalto de Gizé revela cavidades e poços sugerindo sistema subterrâneo planejado. (Imagem: Ancient-Origins)
Crédito: Imagem associada ao estudo de radar em Gizé.
Varredura georadar no planalto de Gizé revela cavidades e poços sugerindo sistema subterrâneo planejado. (Imagem: Ancient-Origins)
Crédito: Imagem associada ao estudo de radar em Gizé.

As paredes internas, igualmente em seção quadrada, apresentariam revestimento de calcário e arenito, com acabamento regular.

Poucos metros adiante, a cerca de 12 metros desse primeiro eixo, os pesquisadores mencionam uma cavidade com aproximadamente 24 metros de largura.

O recorte, pela precisão observada nas imagens, foi classificado pelo grupo como difícil de explicar por processos naturais.

A engenharia interna lembraria, na avaliação da equipe, soluções adotadas na superfície de Gizé.

O segundo poço apareceria alinhado à Passarela Processional de Quéfren, que liga o Templo do Vale ao complexo da pirâmide.

No traçado, os técnicos relatam a presença de duas “portas” verticais de desenho semelhante, reforçando a hipótese de planejamento e repetição de soluções construtivas ao longo do percurso subterrâneo.

No lado leste da pirâmide de Quéops, o terceiro poço chamaria atenção por contar com reforço em blocos de pedra junto à entrada.

Esse arranjo sugeriria, segundo a leitura do grupo, um possível dispositivo de elevação ou guiamento de elementos entre o subsolo e a superfície, o que indicaria uso frequente com finalidade prática ou ritual.

Geometria e alinhamentos: um desenho que dialoga com o céu

Além da distribuição em triângulo, os autores correlacionam o mapeamento subterrâneo aos alinhamentos das pirâmides.

Retomam, nesse ponto, a hipótese de correspondência com o cinturão de Órion, corrente presente na literatura sobre o planalto e reutilizada como chave interpretativa.

Para a equipe, a proximidade entre os poços, a repetição de medidas e o acabamento interno sustentariam a ideia de um projeto único, no qual arquitetura, tecnologia e concepção filosófica se integrariam.

Complexo das pirâmides de Planalto de Gizé, Egito, cenário da rede subterrânea recentemente mapeada. (Imagem: Wikimedia Commons)
Crédito: Imagem em domínio público, conforme Wikimedia Commons.
Complexo das pirâmides de Planalto de Gizé, Egito, cenário da rede subterrânea recentemente mapeada. (Imagem: Wikimedia Commons)
Crédito: Imagem em domínio público, conforme Wikimedia Commons.

Ainda que o sentido final siga em debate, o arranjo é apresentado como peça que adiciona profundidade à leitura do complexo: superfície e subsolo atuando de forma articulada, em consonância com relações astronômicas e funcionais.

Como foi feito o mapeamento subterrâneo

As prospecções utilizaram georadar e tomografia em área abrangente ao redor da Esfinge.

A partir das varreduras, os pesquisadores descrevem galerias interligadas, câmaras e colunas verticais.

Longe de anomalias pontuais, essas colunas seriam elementos regulares do traçado, operando como portais que conectam túneis e câmaras em diferentes níveis.

A hipótese funcional aponta para um sistema concebido para circulação subterrânea e usos específicos.

Segundo os autores, a malha resultante formaria um conjunto coerente com soluções de engenharia conhecidas do Antigo Egito.

A precisão nas interfaces, a regularidade das seções e o padrão de reforços estruturais vistos nos poços principais reforçam a leitura de que se trata de obra pensada de ponta a ponta, e não de feições aleatórias produzidas por dinâmica geológica.

Possíveis funções: hidráulica, ritual ou câmaras ocultas

  • Três vertentes explicativas são consideradas pela equipe:
  • Um sistema hidráulico vinculado ao Nilo, com lógica de controle ou regulação de água sob o planalto.
  • Uma infraestrutura de cerimônias e rituais, em diálogo com o culto e com percursos simbólicos.

A possibilidade de que parte das câmaras ocultas mencionadas por Heródoto encontre correspondência nesse subsolo.

    Qualquer que seja a função, os pesquisadores sublinham a precisão dos acabamentos internos, dos encontros de parede aos acessos reforçados, em sintonia com a magnitude das pirâmides. Para eles, nada ali teria sido deixado ao acaso.

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    O que dizem os responsáveis pelo estudo

    Em texto citado pela equipe, Armando Mei resume a ambição do trabalho ao afirmar que, por décadas, a verdadeira extensão do “mundo subterrâneo” de Gizé teria sido ignorada e que os poços mapeados podem revelar um capítulo perdido de técnicas e práticas cerimoniais.

    Ele também destaca que “o que se esconde no fundo desses poços continua sendo um mistério”, mas sustenta que cada medição e cada imagem de radar apontariam para uma mesma conclusão: o planalto ainda guarda segredos.

    Embora as declarações concentrem o foco nos dados de geofísica e na repetição de padrões geométricos, o grupo enfatiza a necessidade de ampliar a base empírica com novas medições e estudos de campo para reduzir incertezas.

    Caso as interpretações sejam confirmadas, o conjunto reordena a leitura do complexo como organismo integrado, com superfície e subsolo operando de forma coordenada.

    A hipótese de alinhamento às estrelas, somada a uma eventual lógica hidráulica, reúne engenharia, cosmologia e ritual em uma narrativa única sobre o planejamento de Gizé.

    Além do impacto acadêmico, há interesse público evidente.

    O fascínio por passagens e câmaras ocultas se soma à ideia de que o Egito Antigo operava com elevado grau de precisão técnica e visão sistêmica.

    O Planalto de Gizé, neste contexto, seguiria apto a fornecer respostas a questões abertas sobre função, cronologia e simbolismo.

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    Alisson Ficher

    Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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