Gelo antártico de 1,5 milhão de anos é estudado no Reino Unido e promete revelar informações cruciais sobre clima e saúde do planeta!
Com aparência vítrea e estrutura cristalina, o núcleo de gelo é uma verdadeira cápsula do tempo natural. Ele foi extraído das profundezas da Antártida, onde o frio extremo conservou, intactos, registros atmosféricos milenares.
Segundo os cientistas do British Antarctic Survey, essas amostras podem revolucionar o conhecimento climático atual.
Cada centímetro do bloco esconde vestígios de eras passadas: cinzas de erupções vulcânicas, poeira ancestral, bolhas de ar e até diatomáceas, microalgas que viveram em oceanos antigos.
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Tudo isso será lentamente descongelado e analisado em laboratórios equipados com tecnologia de ponta.
Clima, saúde e o futuro da humanidade
Por trás da pesquisa com o gelo milenar está uma questão central: como as mudanças climáticas do passado influenciam o nosso futuro? Os dados retirados do núcleo de gelo serão comparados com padrões atuais e ajudarão a prever fenômenos extremos, como ondas de calor, secas e elevação dos oceanos.
Essas descobertas não só afetam a ecologia e os habitats naturais, mas também têm impacto direto na saúde humana. A exposição a temperaturas extremas, variações no fornecimento de alimentos e alterações no ciclo do sono e no metabolismo são exemplos de como o corpo pode reagir.
Especialistas destacam que mudanças climáticas estão ligadas à dificuldade na regulação do peso corporal, afetando massa muscular e o sistema imunológico.
Derretendo o passado para entender o presente
Durante sete semanas, os cientistas vão derreter o bloco lentamente, milímetro por milímetro. O líquido que escorrer desse processo será transferido por tubos especiais para salas estéreis. Lá, análises químicas e físicas vão determinar a composição e origem de cada partícula.
Os dados permitirão reconstruir linhas do tempo do clima global, observando momentos de aquecimento e resfriamento intensos — e como a Terra respondeu a eles.
O objetivo é entender o comportamento natural do planeta antes da ação humana, oferecendo uma base sólida para decisões políticas e ambientais futuras.
Um laboratório que desafia o tempo
Poucos lugares no mundo têm capacidade para esse tipo de pesquisa. Cambridge é um deles.
O ambiente é tão extremo que há protocolos rígidos para segurança dos pesquisadores: o tempo máximo permitido dentro da câmara é de 15 minutos, com trajes acolchoados e equipamentos resistentes.
O que isso tem a ver com você?
Pode parecer que uma amostra de gelo da Antártida está longe da nossa realidade, mas não está. As conclusões dessa pesquisa vão moldar as próximas decisões sobre o planeta.
O impacto será sentido no cotidiano: na comida que comemos, no ar que respiramos, no modo como nosso corpo funciona, inclusive em como controlamos o peso e protegemos os músculos diante de ambientes hostis.
Além disso, o conhecimento gerado por essa pesquisa pode influenciar estudos sobre longevidade, imunidade e metabolismo, fatores fundamentais para manter a saúde em um mundo cada vez mais afetado pelas mudanças climáticas.