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Democratas acusam China de inundar mercados globais com superprodução e cobram Trump por medidas duras nas negociações comerciais

Publicado em 15/09/2025 às 12:00
Os democratas acusam a superprodução chinesa de inundar mercados e pressionam os Estados Unidos a adotar medidas duras. Donald Trump é cobrado a incluir cláusulas rígidas nas negociações comerciais com Pequim.
Os democratas acusam a superprodução chinesa de inundar mercados e pressionam os Estados Unidos a adotar medidas duras. Donald Trump é cobrado a incluir cláusulas rígidas nas negociações comerciais com Pequim.
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Deputados democratas afirmam que a China usa a superprodução como arma econômica e pressionam Trump a adotar cláusulas vinculantes em negociações comerciais, destaca o Poder360.

Os democratas dos Estados Unidos acusaram a China de inundar os mercados globais com produtos de baixo custo, como aço e painéis solares, e cobraram do presidente Donald Trump uma postura mais dura nas negociações comerciais com Pequim. Segundo carta enviada ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, a superprodução estrutural chinesa é vista como uma ameaça direta à indústria americana e à competitividade global.

No documento, os parlamentares pedem que qualquer acordo bilateral inclua “requisitos vinculantes” para reduzir a capacidade produtiva chinesa, sob pena de prolongar a guerra comercial.

Eles também defendem uma estratégia coordenada com aliados internacionais, evitando que tarifas isoladas enfraqueçam os EUA frente a um sistema produtivo considerado agressivo.

Superprodução chinesa em foco

Para os democratas, a China produz mais do que consegue consumir internamente, exportando excedentes em larga escala a preços reduzidos.

Essa prática, segundo eles, gera perda de empregos, fechamento de fábricas e desestabilização do comércio internacional.

O aço e os painéis solares são os principais exemplos dessa sobrecapacidade, com impacto direto não apenas nos EUA, mas também na Europa e em outros mercados ocidentais.

O documento afirma que essa é uma estratégia antiga de crescimento, que privilegia a expansão da produção mesmo sem demanda suficiente.

A consequência é a chamada “guerra de preços”, que afeta indústrias locais incapazes de competir com os valores praticados pelos produtos chineses.

Reação da China e clima das negociações

A resposta chinesa foi imediata. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, classificou as críticas como um “pretexto para o protecionismo”.

Segundo ele, os EUA distorcem fatos e utilizam a acusação de sobrecapacidade para conter o desenvolvimento chinês. Pequim insiste que sua produção atende à demanda global e rejeita a narrativa de manipulação de mercado.

As negociações em Madri contam com a presença do secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, e do representante comercial Jamieson Greer, além da delegação chinesa liderada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng.

O objetivo é transformar a suspensão temporária de tarifas em um acordo mais estável, que também inclua temas sensíveis como o fentanil, o déficit comercial dos EUA e o futuro do TikTok no país.

Continuidade de uma pauta bipartidária

A ofensiva democrata não é inédita. Durante o governo Biden, a então secretária do Tesouro, Janet Yellen, também havia alertado para os riscos da superprodução chinesa.

O episódio mostra que há um consenso bipartidário nos EUA de que a política industrial da China representa um risco estrutural para o emprego e a competitividade americana.

Especialistas afirmam que a pressão aumenta os desafios de Trump.

Se, por um lado, ele precisa endurecer o tom contra a China, por outro, corre o risco de desencadear uma escalada que pode prejudicar consumidores e setores dependentes de insumos chineses. O equilíbrio entre firmeza e pragmatismo será determinante para os próximos passos.

Você acredita que os EUA devem impor medidas mais duras contra a China para conter a superprodução, mesmo correndo o risco de encarecer produtos no mercado interno?

Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir sua visão sobre os impactos dessa disputa comercial.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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