Setor automotivo alerta que redução de impostos para montadora chinesa pode gerar demissão em massa no Brasil
A possibilidade de o governo federal reduzir impostos sobre veículos desmontados importados pela BYD acendeu um alerta na indústria nacional de veículos. Caso a proposta avance, representantes do setor preveem uma demissão em massa nas montadoras já instaladas no país e uma crise no ciclo de investimentos previsto até 2030.
A medida está em análise pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) e pode ser votada nos próximos dias. Ela prevê queda da alíquota de 35% para até 5% nos casos de carros importados no regime CKD ou SKD — ou seja, em peças ou parcialmente montados. O impacto pode ser decisivo para o futuro da indústria automotiva brasileira.
O que está em jogo na negociação com a BYD
A discussão gira em torno do regime de importação de veículos CKD (Completely Knocked Down) e SKD (Semi Knocked Down), que são enviados desmontados ao Brasil e montados em plantas locais. A proposta em análise prevê a redução das tarifas de 35% para 5% (CKD) e 10% (SKD) a partir de julho de 2026.
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As empresas instaladas no país alegam que a medida desequilibra a concorrência, ao permitir que montadoras com baixa integração nacional aproveitem benefícios semelhantes aos que investem localmente em desenvolvimento, produção e cadeia de fornecedores.
Carta das montadoras e reação do setor de autopeças
No dia 15 de julho, Volkswagen, Toyota, Stellantis e General Motors enviaram uma carta direta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alertando que o incentivo à BYD pode comprometer a estrutura de produção nacional e gerar desemprego em larga escala.
O documento classifica a proposta como uma ameaça ao “ciclo virtuoso” que atraiu R$ 180 bilhões em novos investimentos.
Na sequência, Abipeças e Sindipeças, que representam os fabricantes de autopeças, reforçaram a crítica em ofício enviado à Camex. Para as entidades, o pedido da BYD é “despropositado” e contraria o interesse público.
Elas defendem que a política industrial deve preservar empregos e inovação local, em vez de premiar operações de baixo valor agregado.
O que diz a BYD
Em nota, a BYD negou que esteja pedindo benefícios fiscais e classificou as críticas como “resistência à inovação”. A montadora chinesa afirma que seu modelo de negócios representa uma “visão de futuro” com carros limpos, conectados e acessíveis.
Segundo a empresa, a discussão não é sobre montagem nem impostos, mas sim sobre “a perda de protagonismo” das montadoras tradicionais. A BYD defende que a redução tarifária permitiria aceleração da transição para veículos elétricos no Brasil, com mais competitividade e acesso para o consumidor.
Impacto pode atingir cadeia produtiva e demissão no setor
O temor do setor automotivo é que a medida estimule um modelo de industrialização superficial, em que empresas apenas finalizam produtos com poucas etapas locais, afetando milhares de empregos diretos e indiretos em áreas como soldagem, pintura, estampagem e fornecimento de peças.
Além disso, a instabilidade nas regras de incentivo pode comprometer investimentos anunciados para modernização de fábricas, nacionalização de componentes e pesquisa em mobilidade elétrica. A decisão da Camex é vista como um divisor de águas para a indústria instalada no país.
Essa mudança pode tornar os carros mais baratos, mas compensa o risco de perder empregos na indústria nacional? Você concorda com o argumento da BYD ou apoia as montadoras instaladas no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.
A aceitação dessa proposta da BYD será o fim da indústria automotiva hoje existente, não só das montadoras mas também das inúmeras indústrias de auto peças.
Essa parceria com a china vai dar uma **** muito grande, só o pobre trabalhador que se arrebenta.
O Xi Jinping já soltou a mão do caçaceiro, nenhum presidente com Sá consciência vai fazer seu povo sofrer, mas o caçaceiro vai com certeza