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Dívida de trilhões! Déficit do setor público chega a R$ 17,3 bilhões em agosto, pressiona PIB e Dívida bruta

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 30/09/2025 às 10:37
Setor público tem déficit de R$ 17,3 bilhões em agosto, segundo BC. Dívida bruta segue em 77,5% do PIB e preocupa governo e investidores.
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Setor público tem déficit de R$ 17,3 bilhões em agosto, segundo BC. Dívida bruta segue em 77,5% do PIB e preocupa governo e investidores.

Déficit no setor público volta a preocupar economia brasileira

O setor público consolidado, que reúne União, Estados, municípios e estatais, fechou agosto de 2025 com um déficit primário de R$ 17,3 bilhões, segundo relatório divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (30/09/2025).

O resultado representa um dos maiores desequilíbrios fiscais do ano e reforça os desafios do governo em equilibrar as contas públicas.

O número negativo acontece após sucessivos déficits registrados nos últimos anos, evidenciando pressão sobre o PIB e a dívida pública.

Histórico recente mostra tendência negativa

Os dados do BC revelam que a trajetória fiscal do Brasil tem oscilado entre déficits expressivos e raros momentos de superávit.

Em agosto de 2021, por exemplo, o setor público havia registrado superávit de R$ 16,7 bilhões. Porém, desde então, a sequência é de resultados no vermelho: déficit de R$ 30,3 bilhões em 2022, R$ 22,8 bilhões em 2023, R$ 21,4 bilhões em 2024 e agora R$ 17,3 bilhões em 2025.

Essa série histórica mostra que, apesar de pequenas reduções na comparação anual, o déficit do setor público permanece como uma preocupação estrutural para a economia brasileira.

Detalhamento do resultado em agosto

Ao observar os números mais de perto, o governo central (formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) respondeu pela maior parte do rombo, com déficit de R$ 15,9 bilhões no mês.

Já os governos regionais, que incluem Estados e municípios, apresentaram déficit de R$ 1,3 bilhão.

As empresas estatais, por sua vez, tiveram resultado praticamente equilibrado, mas ainda negativo: déficit de R$ 6 milhões.

Esse quadro demonstra que a pressão fiscal não está restrita à esfera federal, mas também se espalha para outras áreas da administração pública.

Impacto no PIB e nas contas públicas

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor público consolidado somou déficit primário de R$ 23,1 bilhões, equivalente a 0,19% do PIB.

Embora o percentual pareça pequeno, ele indica que o país segue gastando mais do que arrecada, sem considerar o pagamento de juros.

Quando se analisam os números nominais – que incluem os juros da dívida –, o resultado é ainda mais preocupante.

Em agosto, o déficit nominal chegou a R$ 91,5 bilhões, um sinal de que os custos financeiros da dívida continuam pesando fortemente sobre o orçamento público.

Dívida bruta permanece elevada

Outro ponto de destaque no relatório é a dívida bruta do governo geral, que engloba União, INSS e administrações estaduais e municipais.

Em agosto, o indicador se manteve em 77,5% do PIB, o mesmo patamar de julho, totalizando R$ 9,6 trilhões.

Segundo especialistas, o fato de a dívida não ter crescido no mês traz um alívio momentâneo, mas ainda revela uma situação fiscal frágil.

O nível elevado limita a capacidade do governo de investir em áreas estratégicas, como infraestrutura e programas sociais, além de reduzir a confiança de investidores.

O que esses números revelam sobre o futuro econômico

A persistência do déficit no setor público acende um alerta para os próximos meses. Se o governo não conseguir reduzir gastos ou ampliar receitas, o país corre o risco de aumentar ainda mais sua dependência do endividamento.

Isso poderia pressionar os juros e comprometer o crescimento do PIB.

Além disso, a estabilidade da dívida em relação ao PIB não significa melhora estrutural. Pelo contrário, ela reflete um equilíbrio temporário em meio a um cenário de alta de despesas obrigatórias e limitações para ampliar a arrecadação.

O relatório do Banco Central confirma que o Brasil ainda enfrenta um sério desafio fiscal. O déficit do setor público, aliado ao peso da dívida, continua sendo um dos maiores entraves para o avanço sustentável da economia.

Para reverter esse cenário, o governo terá de adotar medidas consistentes de controle de gastos e estímulo à atividade econômica, buscando melhorar a relação entre arrecadação e despesas.

Enquanto isso, a população segue acompanhando de perto os impactos dessa realidade nas políticas públicas, nos investimentos e, principalmente, no crescimento do PIB brasileiro.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

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