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De verde, vermelho e amarelo a uma quarta cor inédita: como a luz branca nos semáforos pode mudar o trânsito com a chegada dos carros autônomos nos próximos anos

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 04/09/2025 às 16:18
Semáforo futurista com luz branca para carros autônomos em cidade inteligente.
Proposta sugere semáforo com luz branca para coordenar carros autônomos e motoristas humanos.
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A proposta de cientistas da North Carolina State University sugere incluir uma luz branca nos sinais de trânsito para permitir que veículos autônomos conectados coordenem cruzamentos e reduzam congestionamentos, alterando uma lógica centenária da mobilidade urbana

Os semáforos podem ganhar uma quarta luz branca para atender ao avanço dos carros autônomos em vias urbanas, segundo estudo da North Carolina State University, nos Estados Unidos. A mudança, ainda em fase de testes virtuais, busca melhorar o fluxo do tráfego ao permitir que veículos conectados coordenem cruzamentos em conjunto com os condutores humanos.

A proposta se apoia na tecnologia conhecida como V2X (vehicle-to-everything), que já é aplicada em alguns modelos de montadoras como a Volkswagen. Esse sistema permite a troca de informações em tempo real entre automóveis e a infraestrutura viária, enviando alertas sobre colisões, condições da pista ou mudanças de rota para garantir mais segurança.

Segundo os pesquisadores, a cor branca seria acionada quando uma quantidade suficiente de veículos autônomos conectados se aproximasse do cruzamento. Nessa situação, motoristas humanos receberiam uma orientação simples: seguir o carro à frente, pois o computador estaria conduzindo a travessia.

Como funcionaria a luz branca nos semáforos

De acordo com a proposta, os carros autônomos trocariam dados entre si e com o sistema de controle do semáforo. Esse mecanismo criaria “pelotões” de veículos, escoando o trânsito com menos paradas e arranques. Se o número de autônomos for baixo, o sinal retornaria ao ciclo tradicional com vermelho, amarelo e verde.

Algumas fabricantes já experimentam cores alternativas para identificar a direção autônoma. A Mercedes-Benz, por exemplo, adotou o azul-turquesa em testes nos Estados Unidos e na Alemanha, mostrando que a escolha da tonalidade não é essencial para a aplicação do conceito.

Em simulações feitas pelos cientistas, o tempo médio de espera em semáforos caiu cerca de 3% quando 10% da frota era autônoma. O ganho foi ainda maior quando 30% dos veículos possuíam a tecnologia, chegando a um terço de economia no tempo de viagem.

Resultados das simulações e próximos desafios

Os cálculos também indicaram benefícios no consumo de combustível e redução de congestionamentos. Ao incluir pedestres no modelo, a fase branca encurtou trajetos em até 55%. No entanto, esses dados foram obtidos apenas em ambientes virtuais, sem testes em ruas reais até o momento.

A informação foi publicada pelo portal Uol, em reportagem sobre os avanços da pesquisa e seus possíveis impactos na mobilidade urbana. O artigo destacou que a iniciativa ainda depende de protótipos físicos em tamanho real para validar os resultados.

Críticos do projeto afirmam que a medida exige uma grande participação de carros autônomos para funcionar de forma plena, algo distante da realidade atual. Já defensores enxergam a proposta como parte de uma atualização necessária da infraestrutura, diante da popularização crescente da direção autônoma em países como Estados Unidos e China.

De olho no futuro das cidades inteligentes

Atualmente, cidades norte-americanas e chinesas já convivem com frotas de táxis autônomos em operação. A expectativa de especialistas é que, à medida que essa tecnologia se torne mais acessível, semáforos com luz branca passem a integrar o cenário das chamadas cidades inteligentes.

Se implementada, a medida pode representar uma das maiores mudanças na sinalização viária desde a criação do semáforo moderno em 1914, em Cleveland, nos Estados Unidos. A adaptação seria necessária para harmonizar a convivência entre humanos e máquinas no trânsito urbano.

Enquanto as simulações avançam, governos, montadoras e instituições de pesquisa discutem como preparar a malha viária para essa transição. O futuro do semáforo pode estar próximo de ganhar uma cor a mais para acompanhar o ritmo da mobilidade digital.

Com a aprovação na Câmara de um projeto que busca regulamentar a circulação de carros autônomos no Brasil, você acredita que a proposta de semáforos com luz branca poderia dar certo em nossas cidades no futuro, sabendo que, para isso, seria necessário primeiro consolidar a presença desses veículos nas ruas?

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Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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