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De símbolo de luxo a sobrevivente do mercado: Aston Martin se desfaz de ativos, incluindo time da F1, para evitar falência

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 01/08/2025 às 10:00
Carro de Fórmula 1 da Aston Martin em ambiente escuro, representando a crise da montadora
Aston Martin vende participação na equipe de Fórmula 1 por US$ 146 milhões para levantar caixa e tentar sobreviver à maior crise de sua história.
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Aston Martin confirmou nesta semana a venda de sua participação de 4,6% na equipe Aston Martin Aramco Formula One Team, em uma medida emergencial para conter os prejuízos acumulados nos últimos trimestres. A negociação foi avaliada em aproximadamente US$ 146 milhões, atribuindo um valor total de US$ 3,2 bilhões à equipe de Fórmula 1.

A operação ocorre em meio a uma crise financeira severa, marcada por uma queda de 50% nas ações da empresa no último ano e uma retração de 34% na receita do segundo trimestre. Mesmo sendo um nome emblemático na história do automobilismo e símbolo de luxo britânico, a montadora se vê forçada a buscar liquidez de todos os ativos disponíveis.

Apesar de carregar o nome da marca, a Aston Martin sempre teve uma participação simbólica na escuderia. Com as vendas dos modelos de alto desempenho como o Valkyrie e Valhalla abaixo do esperado, a saída da equipe se tornou uma decisão estratégica.

Tarifa dos EUA e queda nas vendas acentuam o declínio da montadora britânica

Outro fator que agravou o cenário foi a imposição de tarifas de importação dos Estados Unidos, que, mesmo reduzidas de 27,5% para 10% após novo acordo com o Reino Unido, só se aplicam aos primeiros 100 mil veículos por ano. Acima disso, os custos disparam novamente, penalizando marcas de baixo volume e alto valor agregado, como a Aston Martin.

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Mesmo com esse obstáculo no mercado americano, a venda da participação na Fórmula 1 superou as expectativas iniciais. A empresa esperava arrecadar cerca de US$ 100 milhões, mas o crescimento global da categoria aumentou o valor do ativo em cerca de 50%.

Aston Martin vende fatia de 4,6% na equipe de F1 por US$ 146 milhões em meio à crise. Nome permanece nos carros por acordo com Lawrence Stroll.

Um fator relevante é que, mesmo com a venda, o nome Aston Martin continuará estampado nos carros da equipe. Isso será possível graças a um acordo com o bilionário Lawrence Stroll, atual proprietário da escuderia e acionista majoritário da montadora.

Equipe de F1 mantém otimismo enquanto sede luta para sobreviver

Internamente, a equipe de Fórmula 1 continua apostando alto no futuro. A chegada de Adrian Newey, renomado engenheiro vindo da Red Bull, e as novas regras da categoria previstas para 2026, alimentam expectativas de melhora no desempenho competitivo.

No entanto, fora das pistas, o cenário é crítico. O movimento de se desfazer de ativos valiosos mostra que a sobrevivência da marca está em jogo, mesmo com seu histórico centenário e a imagem icônica construída ao longo das décadas, incluindo sua associação com a franquia James Bond.

Ícone britânico do luxo automotivo, a Aston Martin é mundialmente conhecida por seus carros esportivos de alto desempenho e pela associação com o agente James Bond. Fundada em 1913, a marca representa elegância, engenharia de precisão e exclusividade sobre rodas.

Desafios da Aston Martin

A situação da Aston Martin acende um alerta para outras marcas de nicho do setor automotivo de luxo, especialmente aquelas que dependem de mercados regulados e de baixo volume de vendas. As medidas emergenciais sinalizam uma necessidade urgente de reestruturação e possíveis novos desinvestimentos.

A informação foi divulgada pelo portal “Noticias Automotivas”, que destacou o impacto da crise financeira da empresa e os desdobramentos da venda de sua fatia na Fórmula 1.

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Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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