O padrão Mercosul modernizou o trânsito no Brasil e permite rastrear veículos em tempo real, com QR Code e dados compartilhados entre países da América do Sul
Desde 2020, as ruas brasileiras ganharam um novo visual. As antigas placas cinza, que por décadas identificaram os veículos do país, foram substituídas pelo moderno modelo Mercosul, símbolo de integração regional e de avanço tecnológico. A mudança vai muito além da estética — ela representa um salto em segurança, rastreabilidade e cooperação internacional.
O novo formato é fruto de um acordo entre Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, com a Bolívia em processo de adesão. Essa padronização facilita a circulação entre fronteiras, reduz burocracias e fortalece o combate a crimes transnacionais, como roubos e clonagens de veículos.
De acordo com informações divulgadas pela Capitalist, o padrão Mercosul trouxe benefícios diretos para o controle e fiscalização, graças ao uso de tecnologias digitais e criptografia embarcada nas placas.
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Tecnologia que reforça a segurança e o rastreamento
Com sete caracteres alfanuméricos, o modelo Mercosul aboliu a antiga identificação direta de cidade e estado, adotando um visual mais limpo e moderno. Em contrapartida, incorporou um QR Code único, vinculado ao banco de dados nacional de veículos. Esse código pode ser escaneado por fiscais e autoridades, permitindo acesso instantâneo a informações oficiais, como o registro e a procedência do automóvel.
Além do QR Code, há também o baixo-relevo — gravação física que dificulta adulterações e falsificações. Esse conjunto de elementos reforça a autenticidade das placas e aumenta a confiança nas fiscalizações. Assim, cada veículo torna-se rastreável em segundos, sem depender de informações visuais ou marcas locais.
Essas medidas reduziram consideravelmente as brechas para fraudes, contribuindo para estradas mais seguras e controladas em toda a região do Mercosul.
Consultas digitais e base de dados integrada
Apesar de não exibir mais a cidade e o estado, a nova placa compensa essa ausência com tecnologia. O sistema digital permite consultar a origem do veículo com precisão, por meio de aplicativos oficiais do governo.
Para isso, basta acessar o Sinesp Cidadão, disponível para Android e iOS, e fazer login com a conta Gov.br. Após inserir a placa, o usuário tem acesso a dados detalhados, como local de registro, status legal e possíveis restrições.
Essa integração cria uma rede continental de informações entre os países-membros do bloco. Assim, as autoridades podem rastrear veículos em tempo real e compartilhar dados sobre ocorrências policiais e movimentações suspeitas — um avanço importante para o combate a crimes transfronteiriços.
Desafios e benefícios para os motoristas
A transição, naturalmente, exigiu adaptação dos motoristas. Muitos estranharam a ausência da identificação visual da cidade, antes exibida de forma evidente. Contudo, o acesso digital rápido e seguro trouxe previsibilidade e transparência ao processo.
No longo prazo, especialistas afirmam que o novo padrão tende a reduzir clonagens, melhorar a fiscalização e simplificar o controle de fronteiras, unindo os países do Mercosul em um sistema moderno e integrado de gestão veicular.
A mudança, embora desafiadora no início, consolidou-se como um marco na história do trânsito brasileiro — um passo firme rumo a estradas mais inteligentes, seguras e conectadas.
A informação foi divulgada por Capitalist, com base em dados oficiais do Denatran e relatórios sobre a implantação do sistema Mercosul nos países sul-americanos.