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De olho nas oportunidades de mercado, presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforça intenção de novos investimentos na indústria naval brasileira para a construção de navios de apoio

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 07/03/2023 às 14:52
Atualizado em 10/03/2023 às 02:12
Prates prometeu retomar a construção de navios de apoio no Brasil ao longo de sua gestão na Petrobras. Para isso, ele reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para o incentivo à indústria naval por parte do Governo Lula.
Fonte: EPBR

Prates prometeu retomar a construção de navios de apoio no Brasil ao longo de sua gestão na Petrobras. Para isso, ele reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para o incentivo à indústria naval por parte do Governo Lula.

Em uma coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (02/03), o novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçou suas intenções no ramo naval brasileiro para os próximos anos. Ele prometeu investir na retomada da indústria naval para a construção de navios de apoio no mercado brasileiro. Segundo ele, no entanto, isso só será possível a partir de um esforço coletivo com políticas públicas que estimulem o segmento.

Veja: Lula afirma que vai promover retomada do setor naval

Fonte: Jovem Pan News

Petrobras voltará a investir na construção de novos navios de apoio no mercado brasileiro durante a gestão de Prates

Desde que assumiu a presidência da estatal, Jean Paul Prates vem destacando fortes intenções para o futuro da Petrobras no Brasil. Até agora, os investimentos em políticas e projetos estatais eram o principal foco da empresa.

Em uma recente coletiva de imprensa, o presidente comentou novamente sobre os planos com a petroleira para os próximos anos. Agora, ele destacou o interesse na retomada da indústria naval brasileira.

Prates prometeu que, durante a sua gestão, a empresa voltará a investir na construção de navios de apoio no Brasil.

Para isso acontecer, no entanto, ele destaca a necessidade de um incentivo estatal do Governo Lula com políticas públicas que estimulem o ramo.

“Vai. Agora, vai fazer isso dentro de uma construção coletiva. Não basta a Petrobras querer, ela precisa ter condições para fazer isso”, disse o executivo.

Ele destacou que os estaleiros e a indústria naval brasileira ainda não se encontram em um cenário competitivo para fortes investimentos.

No entanto, com as políticas públicas necessárias e corretas, a construção de navios de apoio e demais plataformas no Brasil poderá ser um dos ramos mais rentáveis nos próximos anos.

“Se você fizer um levantamento, hoje, talvez, um equipamento bem complexo integralmente feito no Brasil saia três ou quatro vezes mais caro. Então, quando há uma discrepância a esse nível, é preciso política pública e outro tipo de abordagem a esse problema”.

Ele prometeu que a Petrobras participará dessa nova abordagem para a indústria naval brasileira durante a sua gestão.

Jean Paul Prates destaca novos horizontes para a indústria naval brasileira com a Petrobras, para além da construção de navios de apoio

Embora o foco principal do novo presidente da Petrobras seja a construção de navios de apoio no Brasil, Prates comentou sobre diversos outros horizontes para a Petrobras na indústria naval brasileira.

Os projetos de eólicas offshore são os mais atrativos atualmente no Brasil. Segundo ele, são equipamentos [eólicos offshore] enormes, três ou quatro vezes maiores do que os equipamentos que vemos em terra no mercado nacional.

Com isso, ele destacou que a indústria naval brasileira pode se aproveitar da necessidade de construção desses equipamentos para expandir novos horizontes no país.

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) comentou sobre o rombo que a indústria naval brasileira sofreu nos últimos anos.

Os valores contratados para projetos do ramo foram reduzidos drasticamente de R$ 9,5 bilhões, há 10 anos, para R$ 570 milhões no ano de 2021.

Agora, sob a gestão de Prates, espera-se que a Petrobras se volte não só para a construção de navios de apoio e plataformas, mas para toda a indústria naval brasileira.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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