Um olhar abrangente sobre o hidrogênio nos transportes, destacando suas vantagens em eficiência energética e rapidez de reabastecimento, enquanto aborda os obstáculos na infraestrutura e segurança.
De acordo com Francisco Rodriguez, co-fundador da CarsmeUp e especialista em inovação e tecnologia, as células de combustível de hidrogênio estão atraindo atenção por uma série de razões. Primeiramente, elas são limpas. Ao contrário dos combustíveis fósseis, as células de hidrogênio produzem apenas vapor d’água como subproduto. Isso não apenas contribui para um ar mais limpo, mas também para a luta contra as mudanças climáticas.
Os veículos a hidrogênio oferecem tempos de reabastecimento rápidos, muito semelhantes aos dos carros a gasolina ou diesel. Esse fator resolve um dos principais entraves dos veículos elétricos (EVs), que é o tempo de carregamento da bateria.
E quando se trata de autonomia, o hidrogênio está à altura da tarefa. Graças à alta densidade energética do hidrogênio, esses veículos são adequados para viagens de longa distância sem a necessidade de paradas frequentes para reabastecimento.
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Desvantagens e desafios do Hidrogênio
Porém, nem tudo são flores no universo do hidrogênio. Francisco Rodriguez aponta várias desvantagens que ainda precisam ser superadas. A mais notável é a infraestrutura limitada para reabastecimento de hidrogênio, especialmente quando comparada à vasta rede de estações de carregamento para EVs.
Há perdas de energia no processo de conversão do hidrogênio em eletricidade, o que reduz a eficiência geral do sistema. Sem mencionar os desafios associados à produção, transporte e armazenamento de hidrogênio, que podem ser intensivos em energia e, em alguns casos, envolver emissões de carbono. Os custos de fabricação desses veículos também são geralmente mais altos em comparação com os EVs.
Riscos e investimentos em infraestrutura
O hidrogênio também vem com seus próprios conjuntos de riscos, como a dificuldade de armazenamento seguro devido à sua alta inflamabilidade e baixa energia de ignição. Além disso, o investimento significativo necessário para expandir a infraestrutura de reabastecimento de hidrogênio não pode ser ignorado.
Por último, mas não menos importante, Rodriguez destaca que o avanço rápido da tecnologia das baterias em veículos elétricos torna o investimento em tecnologia de hidrogênio menos atraente a longo prazo.
Embora o hidrogênio ofereça várias vantagens atraentes, como emissões zero e reabastecimento rápido, ainda há obstáculos significativos que precisam ser superados para que se torne uma alternativa viável aos veículos elétricos. A bola agora está no campo dos investidores, reguladores e, claro, dos consumidores, para determinar se o hidrogênio realmente tem um lugar no futuro dos transportes.
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