O governo catarinense fortalece o incentivo ao cultivo de sorgo granífero, promovendo sustentabilidade rural, renda familiar e produção de ração animal no Programa Terra Boa 2025/2026
O cultivo de sorgo granífero ganha protagonismo em Santa Catarina com a nova etapa do Projeto de Incentivo ao Cultivo de Sorgo Granífero para Produção de Grãos, integrado ao Programa Terra Boa 2025/2026, segundo uma matéria publicada.
A iniciativa, conduzida pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape), busca ampliar a oferta de grãos destinados à fabricação de ração para suínos, aves e leite.
Com isso, o Estado pretende reduzir a dependência do milho e reforçar a sustentabilidade das cadeias produtivas.
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O projeto foi aprovado pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural (Cederural) e oferece uma alternativa estratégica para agricultores familiares, fortalecendo o uso eficiente do solo e diversificando a matriz agrícola catarinense.
O secretário Carlos Chiodini destaca que a ação também representa um passo relevante para a autonomia do agronegócio local, com apoio técnico, incentivo financeiro e parceria com cooperativas credenciadas.
Diversificação agrícola e produção de ração animal sustentável
O projeto prevê a diversificação produtiva como ferramenta essencial para equilibrar o sistema agropecuário catarinense.
O cultivo de sorgo granífero se mostra uma alternativa eficiente ao milho, com resultados expressivos em produtividade e resistência climática.
Esse cereal pode ser plantado na entressafra, especialmente em áreas anteriormente destinadas ao tabaco e à cebola, aproveitando períodos ociosos e mantendo a fertilidade do solo.
Além de contribuir para a produção de ração animal sustentável, o sorgo melhora a cobertura vegetal, reduz perdas de nutrientes e amplia a rentabilidade dos produtores rurais.
O incentivo está voltado, sobretudo, para pequenos agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (CAF/Pronaf), que podem implantar até 10 hectares e receber subvenção de até R$ 750,00 por hectare, limitada a 5.000 hectares por safra.
O pagamento do incentivo ocorre após a entrega da produção, com base na produtividade e na área cultivada, reforçando a credibilidade e a segurança do programa.
Apoio técnico e agricultura familiar em Santa Catarina
A valorização da agricultura familiar em Santa Catarina é um dos pilares da iniciativa. Para garantir eficiência e qualidade, o governo estabeleceu parceria com cooperativas e casas agropecuárias ligadas à Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro).
Essas instituições são responsáveis por orientar os agricultores desde o plantio até a colheita, além de adquirir os grãos produzidos conforme os contratos de adesão.
Essa estrutura de apoio técnico assegura que o cultivo de sorgo granífero ocorra de forma sustentável e com acompanhamento contínuo.
O incentivo também contribui para a geração de empregos no meio rural, a dinamização da economia local e o fortalecimento da base produtiva regional.
A Sape destaca que o objetivo é garantir segurança alimentar e autossuficiência na cadeia de rações, reduzindo o déficit de grãos e equilibrando o abastecimento interno do Estado.
Cultivo de sorgo granífero fortalece parcerias estratégicas e programas agrícolas sustentáveis
As parcerias firmadas com o setor cooperativista reforçam o compromisso do governo catarinense com programas agrícolas sustentáveis.
As entidades credenciadas na Fecoagro garantem a rastreabilidade da produção, o acesso a insumos de qualidade e a assistência técnica contínua.
Essa rede colaborativa permite que o cultivo de sorgo granífero seja uma prática economicamente viável e ambientalmente responsável.
O Projeto de Incentivo ao Cultivo de Sorgo Granífero se integra à política estadual de sustentabilidade agrícola, que visa otimizar o uso do solo e reduzir impactos ambientais.
O Programa Terra Boa 2025/2026 representa uma ação concreta de estímulo ao produtor rural, fortalecendo a competitividade e o equilíbrio entre produtividade e preservação ambiental.
A expectativa é de que o sorgo se torne uma cultura complementar essencial para suprir a demanda crescente de grãos no Estado, consolidando Santa Catarina como referência em inovação agrícola e sustentabilidade.



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