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CSN vai aumentar em 50% a produção da Mina Casa de Pedra, Congonhas

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 19/05/2022 às 18:51
CSN, Congonhas, mina
Imagem ilustrativa de Vlad Chețan / Fonte: Pexels

A medida da CSN preocupa os moradores devido à proximidade das áreas residenciais ao Mina Casa de Pedra em Congonhas

Em reunião semelhante a realizada que aprovou a instalação do polo de mineração do Tâmisa, na Serra do Curral, no último dia 29 de abril, a CMI (Câmara de Atividade Minerária) do Copam (Conselho de Política Ambiental) aprovou também o aumento de 50% na capacidade de produção da CSN na Mina Casa de Pedra, Congonhas, na região central de Minas Gerais.
Em Congonhas encontra-se uma das maiores barragens de rejeitos da América Latina, o que desperta a preocupação dos moradores pela proximidade das acomodações ao empreendimento da Mina Casa de Pedra.
O programa da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que prevê o aumento de 50% na produção do Mina Casa de Pedra em Congonhas, culminou em uma mineradora produzindo 5 milhões de toneladas por ano no beneficiamento de minério de ferro. Atualmente, a produção de Congonhas é de cerca de 10 milhões de toneladas por ano. A elevação da produção das minas da CSN, na maior área de barragens da América Latina gera preocupação na população.

O diretor de Meio Ambiente da Unaccon (União das Associações Comunitárias de Congonhas), Sandoval de Souza Filho, considerou que os aumentos de “cinco em cinco, de dez em dez” mais preocupante.
A preocupação ambiental está fundamentada em um comunicado ao mercado, no qual a CSN afirmou que quer “cobrir a crescente e demanda por minérios de ferro com alta qualidade” e, para isso acontecer, deve-se ter grandes projetos de expansão, que a empresa acredita que vão se elevar de R$ 33 milhões por ano para R$ 108 milhões de toneladas por ano, de processamento de minério de ferro até 2033.

Mina Casa de Pedra utiliza plano brownfield

De acordo com a Mina Casa de Pedra em Congonhas, o plano é o “plano de expansão brownfield” que vai gerar valor através da recuperação total de 180 milhões de toneladas de resíduos atualmente armazenados em barragens, como parte de seu programa de desintegração.

Estima-se que os citados projetos de reabilitação de rejeitos nas barragens proporcionem um aumento de produção de 8 milhões de toneladas por ano, com investimento estimado de R$ 1,1 bilhão no período de 5 anos, previu a Mina Casa de Pedra, Congonhas, em documento com foco em acionistas.

“O que estamos discutindo não é o aumento, é a forma como a (CSN) está fazendo sua expansão. Assim, toda a história se dispersa. Sim, o aumento de 5 milhões de toneladas por ano é pequeno, mas não estão jogando abertos ao público, conversando com o mercado sobre algo e não licenciando o que querem fazer”, anunciou Sandoval Filho.

Suppri considera de grande importância a expansão da Mina Casa de Pedra

De acordo com a visão da Suppri (Superintendência de Projetos Prioritários), a indústria beneficiada pelo aumento da CSN na Mina Casa de Pedra, Congonhas, será importante para o melhor aproveitamento dos combustíveis fósseis e redução da produção de rejeitos, eliminando a necessidade de novas instalações de armazenamento e aumento da capacidade. A mesma vai ampliar a produção na Mina Casa de Pedra e vai liberar elevado volume de minério de ferro sob os, garantindo a continuidade da produção da planta central.

CSN solicita licença excluindo todos os contratos anteriores

Apesar de todas as mudanças na produção, a CSN Mineração solicitou a emissão de uma licença separada, também chamada de “solteira” pelos conselheiros, excluindo todas as outorgas e alvarás anteriores.

De acordo com a CSN, a ADA (Área Diretamente Afetada) será menor com a expansão “e sem a necessidade de aumentar o uso de água doce no sistema de benefício”, além de “não precisar de novas pressões ou aumento de áreas sem licença”.

O processo estava marcado para uma reunião no mês de março, assim como uma proposta para a instalação da Tâmisa na Serra do Curral. No entanto, a expansão da CSN em Congonhas foi adiada para o mês de abril após conselheiros pedirem uma vista do processo, ou seja, pedir mais tempo de análise no desenvolvimento da empresa Mina Casa de Pedra.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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