A Crometofobia se trata de uma síndrome ocasionada em pessoas que possuem medo de gastar dinheiro. Ela se tornou cada vez mais presente durante a pandemia da Covid-19, que já deixou mais de 600 mil mortos e mais de 21 milhões de casos registrados em pouco mais de um ano. Muitas vezes, sequer é ocasionada necessariamente pela falta de dinheiro: pessoas que sofrem com essa síndrome se sentem culpadas por gastar com itens básicos.
Em alguns casos, são indivíduos que viveram durante muito tempo na pobreza e possuem medo de voltar a sofrer com a falta de condições, por isso, sentem a necessidade constante de estar criando sempre uma reserva de emergência para quando o “pior acontecer”.
Vale salientar que o conceito é bastante novo. Portanto, não está classificado, até o momento, dentro das categorias impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em sua Classificação Internacional de Doenças (CID).
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De acordo com uma entrevista realizada pelo CID publicada pelo BBC, os sintomas são os mais variados e podem ser diferentes de acordo com o modo de criação do indivíduo e da sua sua cultura. No entanto, existem alguns aspectos gerais que podem determinar a origem de uma Crometofobia, como a culpa após gastos com lazer ou até mesmo áreas básicas como alimentação ou roupas.
Alguns psiquiatras e terapeutas ainda argumentam que alguns indivíduos podem sentir receio de gastar por não terem uma boa administração dos valores enquanto outros são compulsivos pelo extrato bancário. As razões, portanto, são as mais variadas. Segundo Crosswhite, esse medo iria ocasionar em uma série de sentimentos negativos no indivíduo, inclusive, em relação a crises de ansiedade generalizada, ou depressão pós-compra com pensamentos de que o investimento não valeu à pena.
Crometofobia e a economia
Apesar de ser uma síndrome rara e não estar presente em uma alta quantidade de brasileiros, em alta escala a Crometofobia poderia causar uma série de impactos no PIB, Produto Interno Bruto, fazendo com que ele se tornasse estagnado.
Sintomas semelhantes à síndrome começaram a surgir durante a pandemia da Covid-19 e, devido a essa parada de compras devido ao medo do desemprego que assola 14% da população, a economia teve um retrocesso que chegou a 4,1% em 2020. No ano de 2022, a previsão ainda é de insegurança com crescimento inferior a 2%. O medo de gastar dinheiro durante uma crise faz com que a economia fique estagnada e a desconfiança sobre os bancos e instituições financeiras comece a aumentar, principalmente com a possibilidade de perder o que pode ter sido aplicado.
Em seu blog que aborda sobre empreendedorismo e investimentos pessoais, Kelly Reeves aborda sobre a possibilidade de ter medo de usar o seu dinheiro mesmo para os itens mais básicos. E, de acordo com Kelly, essa possibilidade está atrelada ao medo de ficar sem uma reserva de emergência e não necessariamente ao receio de não conseguir administrar as finanças.
Elizabeth Sterbenz, uma terapeuta financeira de Los Angeles, na Califórnia, afirma que a situação é muito rara, que ainda não existem comprovações concretas sobre ela que estejam associadas a dados.
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