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Crise na FAB: Sete pilotos de combate deixam caças F-5 após R$ 100 milhões investidos em formação

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 02/12/2024 às 20:40
Crise na FAB: Sete pilotos de combate deixam caças F-5 após R$ 100 milhões investidos em formação
Mais de 50 anos de atraso na frota e falta de perspectiva levam sete pilotos de combate da FAB a trocar a carreira militar por salários maiores na aviação civil. (Imagem: Reprodução)
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Nos últimos meses, a FAB (Força Aérea Brasileira) enfrenta uma situação preocupante: a debandada de pilotos de combate das suas fileiras. Pelo menos sete capitães aviadores, responsáveis por operar os caças F-5 nas bases de Canoas (RS) e Rio de Janeiro (RJ), pediram baixa para ingressar na aviação civil, em empresas como a LATAM.

Os pilotos de combate, considerados a elite operacional da FAB, recebem uma formação rigorosa que leva cerca de dez anos para ser concluída, com custos superiores a R$ 100 milhões por profissional. Eles são treinados para executar as principais missões de defesa aérea e combate do país, tornando sua saída um grande prejuízo para a força.

De acordo com uma fonte interna da FAB, a motivação para essa onda de desistências está na “falta de perspectiva na carreira militar”.

O atraso na entrega dos caças Gripen e o envelhecimento da frota de F-5, com mais de 50 anos de operação, dificultam o cumprimento das missões e desmotivam os profissionais.

Situação caótica

“Nossa situação é caótica. Além de não conseguirmos cumprir nossas missões por falta de aviões, agora estamos perdendo nossos pilotos para a aviação civil”, destacou a fonte sobre a FAB.

A questão não é apenas estrutural, mas também cultural. Um coronel da FAB revelou que a importância dos pilotos de combate tem sido diminuída dentro da instituição.

“Hoje, para crescer na carreira, é necessário servir no GTE, nosso esquadrão de transporte especial que atende políticos com voos executivos. Isso virou um critério não oficial para ascender ao Alto Comando da Aeronáutica, gerando insatisfação entre os jovens pilotos.”

Com a saída de nomes altamente capacitados, a FAB enfrenta um duplo desafio: a perda de recursos humanos valiosos e a falta de equipamentos adequados para manter sua capacidade de defesa.

Enquanto isso, os pilotos de combate encontram na aviação civil uma alternativa mais atraente, agravando ainda mais a crise na Força Aérea Brasileira.

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Mrcarneiro
Mrcarneiro
08/12/2024 23:34

Desc9briram a pólvora!! Todo mundo no meio militar sabe que SEMPRE foi assim.Isso nunca foi de agora

Leonardo
Leonardo
08/12/2024 09:52

Errado não estão! Patriotismo de c* é r**a, você sacrifica sua vida para no fim ver seus superiores (que nunca se preucuparam com o bem estar da força), se venderem pra políticos por dinheiro e posiçoes privilegiadas. Justamente que deveria ser o exemplo para os mais novos na força. Faria omesmo!

Cláudio
Cláudio
07/12/2024 07:06

Aí e ligar onde o rio encontra-se com o mar. Ai o patrão não compra ferramentas para furar um poço, mas quer a água no seu pote.o patrão está ocupado com outras prioridades. Enquanto EUA, Rússia, e outras potências se equipam nós estamos voltando para a combi. Falta mais comprometimento com a coisa publica, mas aguardemos para ver o final dessa história. E digo mais: vai ter mais baixa nas fileiras da aviação nesse passo que segue. Eu não ficaria para ser bucha de canhão.
Somos grande nação de poucos que se preocupam com ela.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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