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Crise mundial de chips semicondutores eleva o preço de carros, de entrada, e deixa seminovos em falta no mercado brasileiro

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 22/10/2021 às 13:24
Crise de semicondutores - carros de entrada - seminovos
Linha de montagem em fábrica da Volkswagen, na Alemanha: oferta já não acompanha a demanda por chips na indústria automotiva.| Foto: Ronny HartmannAFP

Com a chegada da crise de chips semicondutores no mercado brasileiro, os seminovos são os novos queridinhos dos consumidores, já os carros, de entrada, estão sendo desvalorizados com uma queda maior que 10% nas vendas

A crise de chips semicondutores já está impactando o estoque de carros seminovos em Campo Grande. A crise vem favorecendo aqueles que estão vendendo seus seminovos ou usados que estão sendo supervalorizados por conta do aumento da procura, já que os carros de entrada – novos, estão cada vez mais caros. Os preços sobem a cada mês e não há nenhuma previsão para os valores ficarem estáveis, já que as fábricas ainda enfrentam a falta e inflação dos chips semicondutores.

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O impacto da crise de chips semicondutores nos carros de entrada

Carros e mais carros ficam à espera desses componentes para que possam sair das fábricas. Esse é um dos principais motivos da ausência dos carros de entrada, nas concessionárias brasileiras, e quem compra um novo, espera meses pela chegada do veículo.

Os chips semicondutores são responsáveis pelos sistemas modernos de segurança, ar- condicionado, entretenimento, transmissão, assistência ao condutor e iluminação. Com a pandemia, os fabricantes asiáticos desse produto não tinham compradores, pois as montadoras estavam paralisando a produção, então partiram para outro mercado.

Atualmente, a crise de chips semicondutores faz com que o produto seja mais escasso e saia mais caro. Sendo assim, as montadoras optam por usar os componentes mais sofisticados apenas em veículos que já possuem um preço alto, para que possam ter uma margem de lucro maior.

Venda de seminovos sobe em 2,7%

No mês passado foram vendidos 2.196 automóveis e comerciais leves em Mato Grosso do Sul, isso significa um declínio de 11,27% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram vendidos 2.475 veículos desse tipo. Em contrapartida, a venda de automóveis seminovos e usados cresceu em 2,7% no mesmo período, saindo de 11.411 para 11.714, de acordo com a Federação Nacional das Associação dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

Mateus Stheefano, consultor de vendas em uma das concessionárias de Campo Grande, afirma que, “desde a crise de chips semicondutores, os carros de entrada já não possuem algumas opções que o diferenciavam. “

Preços continuarão subindo

A tendência é que os preços dos carros de entrada continuem subindo mês a mês devido à crise de chips semicondutores. A garagem de seminovos da Giovel Automóveis, que antes possuía cerca de 60 carros, atualmente não tem mais que 14, de acordo com o proprietário, Ronaldo Ribeiro.

Segundo o proprietário, os novos consumidores oferecem como forma de entrada o seminovo na hora de adquirir, mas com a queda e venda dos veículos de entrada, a garagem está com dificuldades de repor o estoque. De acordo com Ribeiro, é possível que os preços se normalizem por volta do ano que vem.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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