Como forma de combater os efeitos do coronavírus, que tem prejudicado muito a demanda de petróleo, está marcada para hoje à tarde (9) uma reunião de emergência da Opep+, que reúne a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), liderada pela Arábia Saudita, e outras nações produtoras, entre elas a Rússia e o Brasil. Petrobras cortará compras de gás da Enauta e PetroRio no campo de Manati, na Bahia.
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Antigos aliados, os sauditas e os russos romperam a parceria no início de março, quando Riad propôs um corte de produção global de petróleo para segurar os preços diante da queda na demanda causada pela pandemia. A proposta foi recusada por Moscou. Em resposta, os sauditas aumentaram a produção e passaram a vender seu petróleo com desconto, derrubando ainda mais os preços globais.
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A Arábia Saudita diz que não vai assumir a maior fatia no corte de produção mundial, como já ocorreu no passado. Tanto a Arábia Saudita quanto a Rússia dizem que os Estados Unidos também precisam entrar com uma cota de sacrifício
O governo brasileiro está sendo pressionado a participar de um acordo costurado pela Organização para discutir um corte coletivo na produção global de petróleo, que pode chegar a dez milhões de barris por dia — o maior da história a fim de fazer subir o preço do produto em todo o mundo. Com menos petróleo disponível, o preço sobe. As conversas se intensificaram nos últimos dias, mas ainda não há decisão tomada por parte do Brasil.
O ministro de Minas e Energia do Brasil, Bento Albuquerque, teve uma longa reunião na terça-feira com o secretário de Energia dos Estados Unidos, Dan Brouillette, para discutir o assunto. O aumento dos preços também pode interessar aos EUA por causa da forma como o petróleo é extraído naquele país.
G-20 – discussão sobre os choque dos preços do petróleo
Uma outra reunião está marcada para sexta-feira, dessa vez no âmbito do G-20, também para discutir o choque dos preços. O ministro de Minas e Energia confirmou sua presença na reunião com representantes dos países do G-20 e tem mantido contato com autoridades da Arábia Saudita e dos Estados Unidos.
Integrantes do cartel internacional do petróleo fizeram chegar às autoridades brasileiras que qualquer acordo final sobre quanto a Opep e seus aliados cortará vai depender substancialmente do quanto Brasil, Estados Unidos e Canadá estão dispostos a contribuir.
O ministro brasileiro conversou no domingo com o seu homólogo da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman Al Saud. Segundo o ministério informou, o príncipe perguntou se o Brasil “se inclinaria a integrar o esforço de coordenação internacional na busca de mecanismos que contribuam para a estabilização do mercado internacional de petróleo”.
Não há previsão de quando a pandemia do coronavírus irá se estabilizar. A estimativa é que, por causa da propagação do vírus, a demanda global por petróleo possa diminuir em até 25 milhões de barris por dia, o que corresponde a um quarto do consumo em tempos normais.