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Crise do petróleo – Municípios do Nordeste podem perder quase 20% em arrecadações, de acordo com a ANP

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 11/05/2020 às 12:37
petrobras, amazonas, petróleo, bacia de solimões
petrobras, amazonas, petróleo, bacia de solimões

A ANP estima perda de quase 20% em arrecadações de royalties do petróleo dos municípios do Nordeste em 2020

De acordo com estimativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o chique de preços do petróleo devem reduzir em 18% a arrecadação de royalties dos municípios do Nordeste, o que equivale a R$ 200 milhões, neste ano.

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A região Nordeste enfrenta perdas não só com a desvalorização dos preços do petróleo como também na economia da região. Só a Petrobras desativou dezenas de campos em águas rasas e se programa para reduzir as atividades terrestres na região nos próximos meses.

De acordo com a companhia e dentro da lógica empresarial, a parada nas atividades acontecerá pelos altos custos dos ativos e por representar apenas 1% da produção da empresa. Já para os municípios da região, em que a economia gira em torno da petroleira, o impacto poderá ser bem maior.

Como alternativa, a Petrobras abriu um programa de desligamento voluntário e está realocando aqueles que pretendem se manter no emprego, dos campos desativados para outras unidades pelo país. Já para empresas terceirizados, não restam alternativas se não as demissões.

Em abril, durante teleconferência com jornalistas, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, comentou sobre as demissões. “Sobre [demissões de] terceirizados, essa pergunta tem que ser endereçada a essas empresas, não à Petrobras”.

De acordo com o Valor, o impacto sobre os municípios do Nordeste não será homogêneo. Os principais Estados afetados pelas hibernações (desativações) da Petrobras serão Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe. Para a grande maioria dos municípios nordestinos, a queda da arrecadação dos royalties não chega a comprometer o orçamento.

A Petrobras justificou a hibernação das plataformas em águas rasas como uma medida “com foco na sustentabilidade da empresa nesta que é a pior crise da indústria do petróleo em cem anos” e destacou que os ativos não apresentam condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo. A empresa esclareceu, ainda, que os campos terrestres seguem em operação e que os processos de vendas de ativos continuam em andamento. Com crise, municípios devem receber 18% a menos este ano e ANP estima perda de R$ 200 milhões.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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