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Coronavírus: refinarias da Petrobras operam com 60 por cento de capacidade

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 23/04/2020 às 12:11
Coronavírus: refinarias da Petrobras operam com 60 por cento de capacidade
Coronavírus: refinarias da Petrobras operam com 60 por cento de capacidade

Coronavírus: a fim de enfrentar a queda de demanda sem estrangular a capacidade de armazenamento de combustíveis no país, a Petrobras reduziu o nível de utilização de suas refinarias a 60 por cento. Petrobras informou na noite de ontem (23) que tem 261 funcionários contaminados pelo coronavírus.

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De acordo com os os analistas do banco UBS, a Petrobras afirmou que não há necessidade de parar as refinarias devido à queda de demanda. “Roberto Castello Branco destacou que o nível atual [de utilização] é suficiente para manter o equilíbrio dos estoques”.

A Petrobras afirma que “algumas refinarias estão operando em carga mínima, garantindo a operação da unidade com segurança” e que “Não há refinarias paradas”.

Para evitar estrangulamento da capacidade de tancagem, a Petrobras reduziu a produção de petróleo para 2,07 milhões de barris por dia em abril. A estatal não informou qual o nível de utilização de sua infraestrutura de armazenagem.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis – ANP, informam que o Brasil possui 2.030 tanques para armazenamento de petróleo, gás e biocombustíveis. Essa estrutura comporta 34 milhões de barris de petróleo e 50 milhões de barris de derivados, excluindo o gás de cozinha.

Atualmente o desafio do setor de petróleo é o elevado uso da capacidade para estocar o produto em meio a queda abrupta do consumo, por exemplo nos Estados Unidos, o nível de utilização da capacidade subiu de 46% no início de 2020 para 60% no último dia 17.

Na última segunda, eem ter para quem vender nem onde guardar o petróleo os investidores correram para se desfazer de contratos com entrega do produto prevista para o mês que vem, levando a cotação do WTI a fechar em menos 37,63 dólares, o que equivale uma média de 199 reais por barril – na prática, os compradores pagaram para não receber o petróleo.

A queda de 24 por cento na cotação do petróleo Brent na terça (21) reforça que a demanda está fraca em todo o mundo. Ontem, a cotação se recuperou, subindo 6,3%, para 20,56 dólares (111reais) por barril. Ainda assim, o cenário preocupa as petroleiras, que já anunciaram uma série de medidas para enfrentar a crise, como suspensão de investimentos e cortes de custos.

 

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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