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Coreia do Sul bate recorde ao atingir 100 milhões de graus Celsius em reator nuclear em somente 48 segundos

Publicado em 13/03/2025 às 00:16
Reator nuclear
Korea Institute of Fusion Energy (KFE))
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Experimento em reator de fusão na Coreia do Sul registra temperatura recorde de 100 milhões de graus Celsius em tempo inferior a um minuto

Cientistas da Coreia do Sul estabeleceram um novo registro na pesquisa de fusão nuclear. O reator nuclear Korea Superconducting Tokamak Advanced Research (KSTAR) manteve um plasma superaquecido a 100 milhões de graus Celsius por 48 segundos.

O tempo supera a marca anterior de 31 segundos, registrada em 2021 pela própria KSTAR. Esse avanço representa um passo significativo na busca por uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada.

O princípio da fusão nuclear

A fusão nuclear é o processo que ocorre no núcleo das estrelas. Ele acontece quando átomos de hidrogênio são combinados para formar hélio sob extrema pressão e temperatura.

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Esse processo libera abundância de energia sem produção de resíduos radioativos de longa duração ou gases de efeito estufa. Essa característica torna a fusão nuclear uma alternativa promissora para a geração de eletricidade.

Reproduzir esse processo parecido na Terra é um grande desafio. Enquanto o Sol mantém a fusão a aproximadamente 15 milhões de graus Celsius, os reatores precisam operar com temperaturas muito mais altas, pois não podem replicar a pressão estelar.

Para a fusão ocorrer controladamente, os cientistas precisam desenvolver sistemas capazes de conter e sustentar plasma superaquecido por períodos prolongados.

Como funciona um reator tokamak

O tokamak é o tipo mais comum de reator de fusão. Ele possui uma estrutura em forma de anel e utiliza campos magnéticos para conter o plasma, impedindo que ele toque nas paredes do reator nuclear.

O conceito foi desenvolvido pelo cientista soviético Natan Yavlinsky em 1958. Desde então, pesquisadores ao redor do mundo trabalham para aumentar sua eficiência.

O funcionamento do tokamak depende da estabilidade do plasma, que precisa ser mantido sob controle para permitir a fusão dos átomos de hidrogênio. Apesar dos avanços, nenhum reator tokamak conseguiu gerar mais energia do que consome. Esse é o grande obstáculo da fusão nuclear como fonte viável de eletricidade.

Avanços recentes do KSTAR

O novo design do KSTAR foi alcançado com mudanças na estrutura do reator nuclear. Os cientistas substituíram partes de carbono por tungstênio, melhorando a eficiência dos divertores, dispositivos responsáveis ​​por extrair calor e resíduos do plasma.

Essa alteração permitiu que o reator nuclear mantivesse a temperatura de 100 milhões de graus Celsius por 48 segundos, superando a marca anterior.

Si-Woo Yoon, diretor do Centro de Pesquisa KSTAR, destacou que o uso do tungstênio trouxe desafios adicionais, mas a equipe conseguiu superá-los. O próximo objetivo dos pesquisadores é ainda mais ambicioso: sustentar o plasma a essa temperatura por 300 segundos até 2026.

O impacto do avanço

A conquista do KSTAR reforça o progresso na pesquisa de fusão nuclear. No entanto, a previsão comercial dessa tecnologia ainda enfrenta obstáculos. Os reatores atuais ainda não fornecem mais energia do que consomem, e o tempo necessário para transformar a fusão em uma alternativa prática ainda é incerto.

Outros projetos ao redor do mundo também buscam avanços nessa área. Nos Estados Unidos, o National Ignition Facility (NIF) obteve recentemente sucesso ao produzir mais energia do que consumiu em um experimento.

Esse tipo de resultado indica que, embora a fusão ainda não seja uma realidade comercial, o caminho para sua aplicação está se tornando mais claro.

Com novas tecnologias e investimentos crescentes, os cientistas esperam que a fusão nuclear se torne, no futuro, uma fonte viável de eletricidade limpa e segura.

Com informações de DigitiMed.

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Romário Pereira de Carvalho

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