A Odebrecht e a companhia petroquímica Braskem fecharam em 2016 acordos paralelos com autoridades em três países para pagar até US$ 4,5 bilhões.
Em comunicado nesta quarta-feira, 4 de setembro, a construtora brasileira Odebrecht informou que pagará US$ 50 milhões em contribuições para entidades sem fins lucrativos que operam na América Latina a fim de acertar alegações de suborno, no âmbito de um acordo fechado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em julho deste ano, em retomada, Odebrecht afreta 1ª sonda à Petrobras após Lava Jato.
Pelo acordo, certas subsidiárias da Odebrecht também estarão proibidas de concorrer em projetos financiados pelo banco durante períodos variados de tempo, disse o BID. Representantes da companhias ainda não haviam respondido a pedidos de comentários.
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O acordo com o BID é o mais recente de uma longa série de revezes para a Odebrecht, que se tornou um dos mais importantes alvos da investigação de corrupção na estatal brasileira Petrobrás.
A Odebrecht e a companhia petroquímica Braskem fecharam em 2016 acordos paralelos com autoridades em três países para pagar até US$ 4,5 bilhões, como parte do maior acordo anticorrupção da história. A Braskem é parcialmente controlada pela Odebrecht e pela Petrobrás.
Os acordos com autoridades de Estados Unidos, Brasil e Suíça levaram a investigações de corrupção em outras nações latino-americanas nas quais as duas empresas operam. No mês passado, a Odebrecht entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, pouco após fazer o mesmo no Brasil, em junho.
O BID afirmou que sua investigação revelou evidência de pagamentos de propina pela Odebrecht durante um contrato para uma usina hidrelétrica na Venezuela e um projeto de reabilitação de uma rodovia no Estado de São Paulo, no Brasil.
Nos termos do acordo anunciado nesta quarta-feira, a companhia não contestava a evidência, disse o BID. A companhia deve fazer o pagamento de US$ 50 milhões a instituições de caridade até 2024.
A Construtora Norberto Odebrecht (CNO), subsidiária da construtora, não poderá concorrer a projetos do BID durante seis anos, segundo o banco.
Outra subsidiária, a Odebrecht Engenharia e Construção, terá restrições por dez anos, segundo as quais ela poderá participar de projetos financiados pelo BID apenas se cumprir totalmente as condições do acordo. Uma série de outras subsidiárias também tiveram restrições anunciada no âmbito do acordo, disse o BID.
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