Raízen Energia confirma possuir contratos de prestação de serviços com a Construtora Ecman, mas explica que eles foram revogados, afirmando que a solicitação de falência é improcedente.
Por meio de um comunicado emitido na última sexta-feira, (13/01), através da Comissão de Valores Mobiliários, a Raízen (RAIZ4) rebateu questionamentos feitos pela B3. No qual o arranjo se referia a um pedido de falência da Raízen Energia, solicitado pela construtora Ecman. No entanto, a companhia brasileira do setor energético, nega que tal pedido é inválido.
Devido contratos sem contraprestação, a construtora Ecman solicita falência da Raízen energia, porém a mesma declara que não houve notificação judicial
Conforme o documento assinado por Carlos Alberto Bezerra de Moura, diretor financeiro e de relações com investidores da Raízen, a empresa ainda não havia sido informada judicialmente sobre o ocorrido.
Todavia, houve a confirmação de que a Raízen Energia teve contratos de prestação de serviços com a construtora Ecman, no quais foram revogados no dia 30 de novembro. Segundo Carlos Alberto, o motivo das anulações dos contratos foram inadimplências da construtora.
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Segundo o executivo, a Ecman teria emitido títulos sem a devida contraprestação. Devido a isso, a Raízen solicitou judicialmente a interrupção de papéis no valor de R$ 25 milhões.
Também foi solicitado a justiça que a construtora seja vedada de protestar títulos relacionados aos contratos estabelecidos entre as duas companhias, sob pena de multa.
“A companhia entende que o requerimento de falência é manifestadamente improcedente e esclarece que o montante dos valores em discussão não tem impacto material em seus negócios, considerando a situação patrimonial da Raízen Energia”, afirma o documento.
A Ecman, por sua vez, enviou uma nota ao jornal Valor Econômico em que declara que todos os títulos, que são apresentados, representam serviços prestados, com amparo em documentação técnica e contábil.
Ainda conforme o texto, o pedido de falência foi feito porque a Raízen teria se negado a reconhecer e pagar pelos serviços prestados.
“A Construtora Ecman seguiu estritamente os preceitos legais e éticos na condução de todas as tratativas a respeito”, disse a empresa. A nota também enfatiza que os documentos serão periciados no processo.
A companhia de energia rebate pedido de falência através de comunicado
A Raízen acrescenta que, inclusive, já foi manifestada a decisão liminar em desfavor da Ecman.
No comunicado são apresentados dois fatores: “i) Sustação e suspensão de todos os efeitos dos protestos lavrados contra a Raízen Energia pela Ecman (no valor aproximado de R$25 milhões); ii) Ecman se abstenha de levar a protesto títulos relacionados aos contratos que foram firmados entre as partes, sob pena de multa, uma vez que o Juízo entendeu que há indícios de emissão de notas fiscais sem lastro na prestação de serviços”.
A companhia traz novamente que o pedido de falência é “manifestamente improcedente” e explica que o valor em discussão não tem impacto em seus negócios, considerando o patrimônio total da Raízen Energia.