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Construção de 80 bilhões de euros: Ilhas abandonadas com um arranha-céu de 1.000 metros que superaria Dubai

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 17/12/2024 às 13:26
Construção de 80 bilhões de euros: Ilhas abandonadas com um arranha-céu de 1.000 metros que superaria Dubai
O projeto das Ilhas Khazar, avaliado em 80 bilhões de euros, previa a construção de 55 ilhas artificiais conectadas por pontes e uma torre de 1.000 metros de altura que superaria o Burj Khalifa. A cidade planejada acomodaria 1 milhão de pessoas com infraestrutura de ponta, incluindo escolas, hospitais, shoppings e até uma pista de Fórmula 1.

O ambicioso projeto de construção das Ilhas Khazar prometia 55 ilhas artificiais, uma torre de 1.000 metros de altura e moradia para 1 milhão de pessoas, mas acabou em ruínas após crise econômica e dívidas bilionárias

As Ilhas Khazar, no Azerbaijão, deveriam ser uma das maiores conquistas da engenharia moderna. O plano incluía 55 ilhas artificiais conectadas por pontes gigantes, uma cidade planejada para abrigar até 1 milhão de pessoas e uma torre que superaria o Burj Khalifa, em Dubai. Um verdadeiro marco da construção mundial.

Mas o que aconteceu com esse projeto ousado? Como um empreendimento tão promissor se tornou apenas um amontoado de estruturas abandonadas?

A grandiosidade por trás da construção das Ilhas Khazar

Iniciado em 2011, o projeto seria entregue em três fases ao longo de 15 anos, com foco na construção da torre central e infraestrutura urbana. A queda no preço do petróleo e dívidas bilionárias resultaram na paralisação total, deixando o local como um símbolo de desperdício de recursos e ambição frustrada.
Iniciado em 2011, o projeto seria entregue em três fases ao longo de 15 anos, com foco na construção da torre central e infraestrutura urbana. A queda no preço do petróleo e dívidas bilionárias resultaram na paralisação total, deixando o local como um símbolo de desperdício de recursos e ambição frustrada.

Inspirado pelas famosas ilhas artificiais de Dubai, o governo do Azerbaijão buscava criar um novo símbolo de prosperidade no Mar Cáspio. O projeto envolvia infraestrutura completa: hospitais, escolas, shoppings, parques, universidades e até mesmo uma pista de Fórmula 1.

No centro de tudo estaria a Torre do Azerbaijão, uma construção monumental de 1.000 metros de altura, projetada para ser o edifício mais alto do mundo. Um sonho de proporções épicas, capaz de colocar o país no mapa global.

O que era para ser a Torre do Azerbaijão

A proposta da torre não se limitava apenas à altura. O edifício seria um misto de espaços comerciais, residenciais e luxuosos hotéis, além de contar com um design à prova de terremotos. A construção seria feita em três fases:

  1. Criação das ilhas artificiais;
  2. Construção da torre e dos empreendimentos residenciais;
  3. Conclusão das comodidades e infraestrutura urbana.

Tudo estava planejado para ser entregue em 15 anos, com início em 2011. O que poderia dar errado?

O início promissor e a queda do projeto

As obras começaram bem, com a criação das ilhas tomando forma no Mar Cáspio. Porém, o Azerbaijão, um país altamente dependente do petróleo, começou a sentir os efeitos da queda nos preços globais. Com o valor do barril despencando, o PIB do país encolheu rapidamente e a moeda desvalorizada gerou um caos financeiro.

Para complicar ainda mais, Haji Ibrahim Nehramli, o líder visionário por trás do projeto, foi preso devido a dívidas astronômicas. Sem liderança e sem recursos, o projeto parou na metade, deixando para trás apenas construções inacabadas e um silêncio desolador.

As ilhas inacabadas: um gigante adormecido

Hoje, as Ilhas Khazar são uma espécie de “fantasma arquitetônico”. Os edifícios incompletos e as ilhas subdesenvolvidas contrastam com a visão inicial de grandeza. O cenário atual é o de um sonho interrompido, um retrato cruel do que acontece quando a construção é afetada por crises econômicas e má gestão.

Comparado às ilhas artificiais de Dubai, que se tornaram um sucesso global, o fracasso das Ilhas Khazar serve como um lembrete brutal: mesmo os maiores projetos precisam de planejamento impecável e recursos sólidos.

As Ilhas Khazar, com seu potencial de 80 bilhões de euros e uma torre de 1.000 metros, poderiam ter transformado o Azerbaijão em um novo polo de inovação. Infelizmente, hoje, elas servem apenas como um lembrete de sonhos não realizados e promessas não cumpridas.

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Celso
Celso
18/12/2024 11:39

Quem tem o olho maior que a barriga vive sempre aprontando dessas…

Última edição em 1 mês atrás por Celso
Warick
Warick
Em resposta a  Celso
18/12/2024 14:25

Mais é melhor tentar realizar os sonhos do que viver no submundo sem esperanças do brasil.

Gesao
Gesao
Em resposta a  Warick
18/12/2024 14:53

Gozado esse submundo ao qual vc se refere está onde, porque miséria é pobreza tem no mundo inteiro agora dizer que está difícil viver no Brasil, o Brasil só não está melhor porque temos uma direita porca e imunda.

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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