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Construção da China é capaz de alterar a rotação da Terra: maior usina hidrelétrica do planeta, com 16 milhões de metros cúbicos de concreto e aço que supera as Torres Eiffel

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 02/10/2024 às 10:04
usina - hidrelétrica - três gargantas - china - chinês - energia
Usina Três Gargantas: a maior hidrelétrica do mundo é na China

A grandiosa Usina Três Gargantas, potência chinesa, com sua estrutura colossal, ilumina 60 milhões de vidas e preserva o ambiente, substituindo 30 milhões de toneladas de carvão anualmente!

A China, terra de grandiosidade e inovação, abriga a majestosa Usina de Três Gargantas, aninhada às margens do imponente Rio Yang-Tsé, emerge como uma proeza arquitetônica e um marco na engenharia. Não apenas é a maior hidrelétrica do planeta, mas também desempenha papéis cruciais no controle de enchentes e na facilitação do transporte hidroviário. Além disso, sua quantidade de água retida reduz a capacidade da rotação da Terra em 0,06 microssegundos! Usina se tornou a espinha dorsal da energia renovável e do desenvolvimento chinês.

A história da Usina de Três Gargantas remonta a 1919, quando Sun Yat-sen, visionário chinês, concebeu a ideia. Antes mesmo de sua concepção, em 1932, o governo nacionalista sob Chiang Kai-shek esboçava planos, mas a turbulência da Segunda Guerra Mundial e a Guerra Civil Chinesa adiaram o projeto. No entanto, somente em 1992, durante o governo de Mao Tsé-Tung, as escavações começaram. Porém, esses esforços foram interrompidos em 1947. Em 1996, finalmente, o projeto tomou forma sob a liderança de Wu Chuanlin, desencadeando um processo complexo que viria a moldar o futuro da China.

Assista o vídeo abaixo e conheça esse gigante capaz de reduzir a rotação da Terra!

As primeiras afirmações de que a estrutura poderia causar o deslocamento da Terra surgiram em uma publicação da NASA em 2005. Nesse post, a agência discutiu como o devastador terremoto e tsunami no Oceano Índico, em 2004, influenciaram a rotação do planeta.

Cientistas apontaram que a alteração na distribuição de massa na Terra pode afetar (mesmo que minimamente) o momento de inércia do planeta, um conceito físico que define o quão difícil é girar um objeto em torno de um eixo específico.

De maneira semelhante, a rotação terrestre pode ser modificada após um terremoto, devido ao movimento das placas tectônicas. A NASA demonstrou que foi exatamente isso o que ocorreu em 2004, após o terremoto no Oceano Índico. A movimentação causada pelo sismo redistribuiu a massa do planeta, encurtando a duração de um dia em 2,68 microssegundos.

Em teoria, uma grande alteração na quantidade de água também poderia provocar algo semelhante. Por isso, especula-se que a imensa barragem chinesa poderia, em tese, influenciar o movimento da Terra.

Segundo os cálculos desses especialistas, essa redistribuição de massa aumentaria o comprimento de um dia em 0,06 microssegundos e deslocaria o planeta em cerca de 2 centímetros. Apesar de parecer pouco, trata-se de um impacto considerável para uma estrutura artificial. As informações são do IFLScience.

Uma proeza de engenharia: a grandeza da construção envolveu 40.000 trabalhadores

Com 19 anos de árduo trabalho, a conclusão da Usina de Três Gargantas em 2012 deixou uma marca inesquecível. Custando US$28 bilhões, envolvendo 40.000 trabalhadores, e utilizando 16 milhões de metros cúbicos de concreto e aço, essa megaestrutura desafia as expectativas. Seu reservatório de 600 km, posiciona como a estrutura de concreto mais massiva da Terra, superando até mesmo a grandiosidade das torres Eiffel.

A Usina de Três Gargantas não é apenas uma façanha de engenharia; é a força motriz por trás da mudança na matriz energética chinesa. Seus 34 geradores, cada um pesando 6.000 toneladas, geram uma capacidade impressionante de 22.500 MW. Isso não apenas atende às necessidades de 60 milhões de chineses, mas também substitui a queima de 30 milhões de toneladas de carvão anualmente, destacando-se como um farol de sustentabilidade em um mundo ávido por soluções renováveis.

Enquanto a Usina de Três Gargantas recebe elogios pela sua grandiosidade, não escapa das críticas de movimentos ambientalistas. Alegações de aumento da atividade sísmica, riscos estruturais e impactos na vida aquática são temas controversos. No entanto, a equipe de engenharia responde com medidas preventivas. Supervisão intensiva, auditorias e a presença constante de 293 supervisores no canteiro de obras garantem não apenas a segurança, mas também a sustentabilidade ambiental do projeto.

China não apenas construiu uma usina; ergueu um ícone que ressoa em sua história, presente e futuro!

A construção da Usina de Três Gargantas transcendeu o domínio da engenharia; tornou-se um símbolo de perseverança e orgulho chinês. Trabalhadores, muitos dos quais se realocaram e alguns até sacrificaram suas vidas, contribuíram para a grandiosidade desta obra.

O diretor do projeto, Cao Guangjing, destaca a complexidade do controle de qualidade e a presença constante de supervisores como testemunho do comprometimento com a excelência. A China não apenas construiu uma usina; ergueu um ícone que ressoa em sua história, presente e futuro.

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira de Produção pós-graduada em Engenharia Elétrica e Automação, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos, com mais de 7 mil artigos publicados. Sua expertise técnica e habilidade de comunicação a tornam uma referência respeitada em seu campo. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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