De acordo com o Ministério do Trabalho, 7,35% do total de trabalhadores formais na Bahia estão empregados no ramo da construção civil
O ramo da construção civil está em crescimento no estado da Bahia, sendo o segundo estado que está gerando mais empregos do que antes da Pandemia. No início de 2020 eram 114 mil vagas de emprego formais, enquanto no início de 2022, o numero de empregos saltou para 133 mil, que equivale a um aumento de 15%. Enquanto isso Salvador, capital da Bahia, é a terceiro município que mais gerou empregos formais nos primeiros meses deste ano: foram 3.043, atrás apenas das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
A divulgação destes dados foi feita pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) no dia 27 de março, durante um evento que ocorreu na sede do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA). De acordo com o Ministério do Trabalho, 7,35% do total de trabalhadores formais na Bahia estão empregados no ramo da construção civil, mostrando assim a importância do setor de construção civil para a engrenagem da economia.
Geração de empregos no ramo tem aumento de 20% em relação ao período pré-pandemia no Nordeste
Segundo a economista da CBIC, Iêda Vasconcelos, atualmente a construção civil emprega 20% a mais trabalhadores do que antes da pandemia no Nordeste, inclusive na Bahia. A Bahia está com mais de 20 mil trabalhadores com carteira assinada, ou seja, o mercado da construção civil é importante de geração de emprego e renda.
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Salvador é a capital nordestina que mais lançou unidades residenciais em 2021, com um total de 5,6 mil, seguindo a linha do setor aquecido. Mesmo assim, a cidade ainda ocupa o quinto lugar no ranking das capitais que mais vendeu no Nordeste, de acordo com a consultoria Brain. Segundo Fábio Tadeu Araújo, sócio-dirigente da Brain, um dos motivos que explica o fato da capital da Bahia não ter vendido tanto quanto lançou é a baixa unidade de estoque.
Fábio Tadeu afirma que Fortaleza começou 2021 com um estoque maior, com cerca de 6 mil unidades em estoque. Enquanto isso, Salvador tinha 4 mil unidades em estoque. Dessa forma, um dos fatores que explica Fortaleza ter vendido mais é que a capital cearense tinham mais o que vender, já Salvador demorou para eliminar estoque em 2021, dessa forma faltou tempo para o lançamento.
O decreto presidencial que tornou a construção civil um serviço essencial durante a pandemia foi um dos motivos que contribuíram para o cenário positivo do ano passado. “Temos que falar da importância que foi para o Brasil e para o emprego a construção civil não ter parado. Nós aumentamos em 15% a quantidade de empregos nesse período, o que é muito significativo”, diz José Carlos Martins, presidente da CBIC.
Desafios para o setor de construção civil
Porém nos próximos meses, esse aumento na geração de empregos no setor de construção civil deverá enfrentar nos próximos meses o problema do aumento do preço dos insumos utilizados na construção civil, ocasionado por problemas na indústria durante a pandemia.
Segundo o Correio 24 horas, entre julho de 2020 e março de 2022, pelo menos sete insumos importantes para a construção civil tiveram aumento de mais de 75% na capital da Bahia. A alta dos preços é superior à inflação do Brasil, que está em 11,3% no acumulado dos últimos 12 meses, até março.
No entanto, a elevação dos preços dos insumos utilizados na construção civil não foi totalmente repassada aos consumidores finais, os compradores dos imóveis, pois as obras que foram realizadas ao longo do ano passado e no primeiro trimestre de 2022 são fruto do ciclo de negócios iniciado em julho de 2020, época que a alta dos preços não era tão significativa quanto agora.
Entre os municípios analisados pelo CBIC, Belo Horizonte, , Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba e São Paulo, a capital da Bahia se destaca por ser a que menos aumentou o valor dos imóveis residenciais. O incremento foi de apenas 6% nos valores dos imóveis vendidos em Salvador no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período em 2021, segundo a CBIC.