A cidade de São Paulo se prepara para receber um dos maiores projetos de engenharia subterrânea do país. A Linha 19-Celeste vai transformar a mobilidade entre Guarulhos e o centro da capital, e para tornar isso possível três tuneladoras colossais — conhecidas como tatuzões — serão responsáveis por abrir 17,6 quilômetros de túneis abaixo da metrópole.
A construção da Linha 19-Celeste surge como um dos maiores desafios de engenharia subterrânea do Brasil. O traçado prevê 17,6 quilômetros de túneis, que ligarão Guarulhos ao centro de São Paulo, e contará com três tuneladoras de grande porte, conhecidas como “tatuzões”.
Essas máquinas impressionam pelo tamanho. O diâmetro máximo chega a 10,66 metros e o diâmetro interno alcança 9,5 metros.
Durante a escavação, os túneis receberão revestimento em anéis de concreto pré-moldado, com 40 centímetros de espessura, reforçados por aço e fibras.
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Tipos de tuneladoras e métodos aplicados
O projeto adotará dois modelos de tuneladoras. O tipo Slurry atende áreas com solos arenosos e lençol freático elevado. Já o modelo Dual Mode combina as tecnologias EPB e Slurry, permitindo atuar em solos mistos e rochosos. Essa flexibilidade garante maior adaptação às condições geológicas ao longo do trajeto.
As máquinas entrarão em operação em pontos estratégicos. A primeira será instalada na Estação Jardim Julieta e escavará 5,7 quilômetros até o Bosque Maia, saindo no VSE-1, no bairro José Calixto Machado, dentro do Lote 1.
A segunda também parte da Jardim Julieta, mas seguirá no sentido contrário, avançando 5,2 quilômetros até a Estação Vila Maria, onde será desmontada, no Lote 2. Já a terceira tuneladora começará na Vila Maria e seguirá 5,5 quilômetros até o Bixiga, sendo retirada no VSE-18, no Lote 3.
Segurança e soluções técnicas
O avanço das tuneladoras exige um trabalho minucioso. Antes da chegada de cada máquina, as lajes de fundo precisam estar concluídas.
Esse cuidado garante precisão em trechos críticos, como nas estações Cerealista, São Bento e Anhangabaú, onde o solo arenoso e o lençol freático elevado aumentam os riscos.
Para viabilizar o deslocamento, os engenheiros previram perfis metálicos embutidos nas lajes, lubrificados com graxa. Além disso, os poços intermediários — exceto VSE-1 e VSE-18 — serão preenchidos com material especial. Isso permitirá que as tuneladoras atravessem esses pontos sem paradas.
Depois da passagem, as aduelas de concreto nesses locais serão demolidas.
Essa solução mostra como o projeto alia sofisticação e segurança. A engenharia de ponta aplicada na Linha 19-Celeste não apenas atende aos desafios técnicos, mas também reforça a importância estratégica da obra para a mobilidade na região metropolitana de São Paulo.