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Conheça a fonte de energia mais poderosa do planeta, mas quase inacessível

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 10/06/2024 às 10:58
Energia - energia renovável - energia geotérmica
Energia geotérmica do fundo do mar: a nova bomba de eletricidade que pode suprir a demanda global com eficiência e sustentabilidade. Veja como essa tecnologia pode mudar o futuro da energia

Energia geotérmica do fundo do mar: a nova bomba de eletricidade que pode suprir a demanda global com eficiência e sustentabilidade. Veja como essa tecnologia pode mudar o futuro da energia

Em busca de novas fontes de energia que possam suprir a demanda mundial de eletricidade, recentemente foi publicado um relatório que assegura ter encontrado uma alternativa geradora de energia e hidrogênio estável e constante nas profundezas do mar, constituindo-se na bomba de eletricidade mais poderosa conhecida até o momento.

Onde está essa fonte de eletricidade constante?

A Compagnie Générale de Géophysique-Veritas (CGG), especializada em ciências geofísicas e tecnologia, desenvolveu um relatório que revela a descoberta de uma bomba de eletricidade nas profundezas oceânicas.

O estudo denominado “Energia fora da costa: um recurso de energia verde de importância global e seu desenvolvimento responsável”, confirma a possibilidade de extrair energia geotérmica de forma ilimitada e acessível debaixo do mar.

Por meio da dinâmica natural do movimento das placas tectônicas submarinas, obter-se-ia não apenas energia elétrica, mas também a extração de hidrogênio e amônia. A fonte de eletricidade encontrada teria a possibilidade de reduzir consideravelmente os custos de energia.

O relatório da CGG que revela a descoberta de uma fonte de energia inesgotável

A energia geotérmica tem o potencial de oferecer um recurso energético inesgotável e ilimitado de forma constante, o que a diferencia dos métodos de captação fotovoltaica e dos parques eólicos, que dependem das condições climáticas para alcançar maior eficiência.

Dessa forma, a bomba de eletricidade funciona de maneira estável 24 horas por dia, independentemente de fatores externos e de maneira mais acessível, pois não necessita de gastos de investimento em grandes estruturas, nem gera poluição visual como os métodos sustentáveis anteriormente mencionados.

O problema dessa forma de extração de energia é encontrar um lugar adequado para a instalação de uma planta, e os altos custos que se geram. Geralmente, as empresas que se dedicam a esse trabalho se instalam em locais de fácil acesso a rochas quentes e permeáveis.

No entanto, o relatório da CGG assegura que a base de eletricidade constante se encontra no fundo do mar e que sua extração seria mais simples e mais barata com a utilização de sua própria tecnologia.

Do que se trata essa nova tecnologia extrativa?

Os autores do estudo afirmam que as plantas geotermais devem ser instaladas na extensão do fundo marinho, que é o local preciso onde as placas tectônicas se separam constantemente umas das outras e geram novos pedaços de crosta terrestre.

Nesse contexto, haveria cerca de 65.000 km de extensão submarina onde o magma, que emana desse movimento, está mais próximo da superfície. Essa posição seria mais favorável para extrair energia do que a terra firme.

O inconveniente que um desenvolvimento geotérmico teria é a estrutura de cabeamento para obter a energia e injetá-la na rede. Por isso, a CGG idealizou um plano que captura a água doce do vapor que passa pelas turbinas e a eletrolisa para convertê-la em hidrogênio verde.

Esse procedimento permite obter três elementos: a água doce como subproduto, o hidrogênio puro e a amônia após a transformação do hidrogênio. A CGG já solicitou a patente de sua invenção, embora a disponibilize para os países para fomentar sua aplicação.

Nesse sentido, já existem empresas como a Quise, fundada por engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que inventaram uma broca que pode chegar a mais de 20 km de profundidade para a captação de energia submarina.

A tecnologia de extração eficiente de energia geotérmica dessa bomba de eletricidade, replicada mundialmente, permite reduzir os custos e abastecer de forma constante de energia, eliminando a utilização de combustíveis fósseis.

Conheça o artigo da CGG clicando AQUI

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Noel Budeguer

De nacionalidade argentina, sou redator de notícias e especialista na área. Abordo temas como ciência, petróleo, gás, tecnologia, indústria automotiva, energias renováveis e todas as tendências no mercado de trabalho.

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