Energia geotérmica do fundo do mar: a nova bomba de eletricidade que pode suprir a demanda global com eficiência e sustentabilidade. Veja como essa tecnologia pode mudar o futuro da energia
Em busca de novas fontes de energia que possam suprir a demanda mundial de eletricidade, recentemente foi publicado um relatório que assegura ter encontrado uma alternativa geradora de energia e hidrogênio estável e constante nas profundezas do mar, constituindo-se na bomba de eletricidade mais poderosa conhecida até o momento.
Onde está essa fonte de eletricidade constante?
A Compagnie Générale de Géophysique-Veritas (CGG), especializada em ciências geofísicas e tecnologia, desenvolveu um relatório que revela a descoberta de uma bomba de eletricidade nas profundezas oceânicas.
O estudo denominado “Energia fora da costa: um recurso de energia verde de importância global e seu desenvolvimento responsável”, confirma a possibilidade de extrair energia geotérmica de forma ilimitada e acessível debaixo do mar.
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Por meio da dinâmica natural do movimento das placas tectônicas submarinas, obter-se-ia não apenas energia elétrica, mas também a extração de hidrogênio e amônia. A fonte de eletricidade encontrada teria a possibilidade de reduzir consideravelmente os custos de energia.
O relatório da CGG que revela a descoberta de uma fonte de energia inesgotável
A energia geotérmica tem o potencial de oferecer um recurso energético inesgotável e ilimitado de forma constante, o que a diferencia dos métodos de captação fotovoltaica e dos parques eólicos, que dependem das condições climáticas para alcançar maior eficiência.
Dessa forma, a bomba de eletricidade funciona de maneira estável 24 horas por dia, independentemente de fatores externos e de maneira mais acessível, pois não necessita de gastos de investimento em grandes estruturas, nem gera poluição visual como os métodos sustentáveis anteriormente mencionados.
O problema dessa forma de extração de energia é encontrar um lugar adequado para a instalação de uma planta, e os altos custos que se geram. Geralmente, as empresas que se dedicam a esse trabalho se instalam em locais de fácil acesso a rochas quentes e permeáveis.
No entanto, o relatório da CGG assegura que a base de eletricidade constante se encontra no fundo do mar e que sua extração seria mais simples e mais barata com a utilização de sua própria tecnologia.
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Do que se trata essa nova tecnologia extrativa?
Os autores do estudo afirmam que as plantas geotermais devem ser instaladas na extensão do fundo marinho, que é o local preciso onde as placas tectônicas se separam constantemente umas das outras e geram novos pedaços de crosta terrestre.
Nesse contexto, haveria cerca de 65.000 km de extensão submarina onde o magma, que emana desse movimento, está mais próximo da superfície. Essa posição seria mais favorável para extrair energia do que a terra firme.
O inconveniente que um desenvolvimento geotérmico teria é a estrutura de cabeamento para obter a energia e injetá-la na rede. Por isso, a CGG idealizou um plano que captura a água doce do vapor que passa pelas turbinas e a eletrolisa para convertê-la em hidrogênio verde.
Esse procedimento permite obter três elementos: a água doce como subproduto, o hidrogênio puro e a amônia após a transformação do hidrogênio. A CGG já solicitou a patente de sua invenção, embora a disponibilize para os países para fomentar sua aplicação.
Nesse sentido, já existem empresas como a Quise, fundada por engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que inventaram uma broca que pode chegar a mais de 20 km de profundidade para a captação de energia submarina.
A tecnologia de extração eficiente de energia geotérmica dessa bomba de eletricidade, replicada mundialmente, permite reduzir os custos e abastecer de forma constante de energia, eliminando a utilização de combustíveis fósseis.
Conheça o artigo da CGG clicando AQUI